Dois policiais militares foram detidos na manhã desta segunda. Delegado classificou o crime como "frio e covarde"
LEONARDO MORAIS
Delegado que autuou os policiais, Fábio Sfalcin, classificou o crime como frio e covarde
Um policial civil está sendo procurado por participação na morte de dois adolescentes, de 13 e 17 anos, e de ferir outros quatro jovens a tiros, na avenida JK, no bairro Castanheiras, em Governador Valadares, Leste de Minas, na madrugada deste domingo (5). Os crimes ocorreram quando as vítimas estavam em um Fiat Palio, atingido por pelo menos 20 disparos. Dois policiais militares, 22 e 23 anos, já foram detidos nesta segunda-feira (6).
Em coletiva na manhã desta segunda-feira, o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (6ºBPM), tenente coronel João Lunardi e o delegado Regional Ailton Lacerda, informaram que as investigações iniciais apontam para um crime sem motivação, já que não houve briga ou desentendimento entre eles.
Já o delegado que autuou os policiais, Fábio Sfalcin, classificou o crime como frio e covarde. “Os elementos são fortes e indicativos de que as vítimas foram fria e covardemente atacadas”, disse.
Testemunhas disseram à polícia que os tiros foram efetuados por três policiais, que estavam em um Gol de cor azul e teriam perseguido o carro das vítimas no momento que elas voltavam de uma festa realizada em uma chácara do bairro Santa Terezinha.
Os suspeitos da ação foram identificados como sendo os soldados Silas Saraiva Pereira, de 23 anos e Kervin Costa, de 22 anos, ambos na PM há quatro anos. Costa teria sido reprovado no exame médico auditivo e estava na PM por força de uma liminar deferida pela justiça. Ele responde a processo administrativo por comportamento violento. Eles foram presos em flagrante logo depois de serem identificados pelas vítimas e testemunhas, mas negam o crime. O investigador seria Wesley Barbosa, de 28 anos, que está foragido. Na PC há dois anos, o policial ainda cumpre período probatório. A prisão preventiva dele foi pedida à justiça.
Entenda o caso
As duas corporações apuraram se os jovens e os três policiais estavam na mesma festa que teria sido realizada sem licença e vistorias e com a presença de crianças e adolescentes, apesar da venda de bebidas alcoólicas e uso de drogas. O ingresso foi vendido a R$ 5,00. E que os policiais, embora não estivessem em serviço, estavam armados. Por volta das 4 horas, um deles teria passado a exibir a arma que trazia na cintura e chegou a ameaçar o adolescente que morreu encostando a arma no rosto dele e, por isso, o grupo resolveu ir embora, todos no Pálio.
Então, foram perseguidos pelos policiais em um Gol azul que aparelhou o carro ao deles e atirou várias vezes. O ataque aconteceu na Avenida JK, entre a rotatória que dá acesso ao bairro Castanheira e próximo ao viaduto da linha férrea. A polícia descobriu que uma testemunha chegou a ligar para os ocupantes do Pálio avisando que os policiais haviam saído atrás deles. A suspeita é que iriam multá-los por dirigirem após uso de bebidas alcoolicas.
Wesley dos Santos, de 13 anos, foi atingido com um tiro na cabeça e morreu no local. Já Otávio de Oliveira, de 17 anos, foi socorrido em estado gravíssimo, com duas perfurações na cabeça, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A adolescente J.S.E., de 17 anos, atingida no tórax e Adelson Marcelino de Oliveira, de 20 anos, na clavícula e joelho, foram medicados e liberados. Serlon Araújo Santos, de 25 anos e uma menina de 12 anos identificada como sendo L.B.C., saíram ilesos.
Uma das armas utilizadas, uma pistola calibre 380, não foi encontrada. Na casa do investigador de polícia teriam sido apreendidos o revólver dele (calibre 38), uma pistola .40 e uma garrucha. Exames de microcomparação balística serão feitos para individualizar as armas que foram usadas no crime. Nenhuma delas pertence à PM e, com exceção da arma do investigador de polícia, as demais não são registradas. A reconstituição do crime não foi descartada, mas não tem data para acontecer.
Em coletiva na manhã desta segunda-feira, o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (6ºBPM), tenente coronel João Lunardi e o delegado Regional Ailton Lacerda, informaram que as investigações iniciais apontam para um crime sem motivação, já que não houve briga ou desentendimento entre eles.
Já o delegado que autuou os policiais, Fábio Sfalcin, classificou o crime como frio e covarde. “Os elementos são fortes e indicativos de que as vítimas foram fria e covardemente atacadas”, disse.
Testemunhas disseram à polícia que os tiros foram efetuados por três policiais, que estavam em um Gol de cor azul e teriam perseguido o carro das vítimas no momento que elas voltavam de uma festa realizada em uma chácara do bairro Santa Terezinha.
Os suspeitos da ação foram identificados como sendo os soldados Silas Saraiva Pereira, de 23 anos e Kervin Costa, de 22 anos, ambos na PM há quatro anos. Costa teria sido reprovado no exame médico auditivo e estava na PM por força de uma liminar deferida pela justiça. Ele responde a processo administrativo por comportamento violento. Eles foram presos em flagrante logo depois de serem identificados pelas vítimas e testemunhas, mas negam o crime. O investigador seria Wesley Barbosa, de 28 anos, que está foragido. Na PC há dois anos, o policial ainda cumpre período probatório. A prisão preventiva dele foi pedida à justiça.
Entenda o caso
As duas corporações apuraram se os jovens e os três policiais estavam na mesma festa que teria sido realizada sem licença e vistorias e com a presença de crianças e adolescentes, apesar da venda de bebidas alcoólicas e uso de drogas. O ingresso foi vendido a R$ 5,00. E que os policiais, embora não estivessem em serviço, estavam armados. Por volta das 4 horas, um deles teria passado a exibir a arma que trazia na cintura e chegou a ameaçar o adolescente que morreu encostando a arma no rosto dele e, por isso, o grupo resolveu ir embora, todos no Pálio.
Então, foram perseguidos pelos policiais em um Gol azul que aparelhou o carro ao deles e atirou várias vezes. O ataque aconteceu na Avenida JK, entre a rotatória que dá acesso ao bairro Castanheira e próximo ao viaduto da linha férrea. A polícia descobriu que uma testemunha chegou a ligar para os ocupantes do Pálio avisando que os policiais haviam saído atrás deles. A suspeita é que iriam multá-los por dirigirem após uso de bebidas alcoolicas.
Wesley dos Santos, de 13 anos, foi atingido com um tiro na cabeça e morreu no local. Já Otávio de Oliveira, de 17 anos, foi socorrido em estado gravíssimo, com duas perfurações na cabeça, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. A adolescente J.S.E., de 17 anos, atingida no tórax e Adelson Marcelino de Oliveira, de 20 anos, na clavícula e joelho, foram medicados e liberados. Serlon Araújo Santos, de 25 anos e uma menina de 12 anos identificada como sendo L.B.C., saíram ilesos.
Uma das armas utilizadas, uma pistola calibre 380, não foi encontrada. Na casa do investigador de polícia teriam sido apreendidos o revólver dele (calibre 38), uma pistola .40 e uma garrucha. Exames de microcomparação balística serão feitos para individualizar as armas que foram usadas no crime. Nenhuma delas pertence à PM e, com exceção da arma do investigador de polícia, as demais não são registradas. A reconstituição do crime não foi descartada, mas não tem data para acontecer.
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