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Violência leva polícia a pedir fechamento de baile; jovem foi baleado nas costas ontem
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FOTO: ALEX DE JESUS
No passado, local foi palco de bailes dançantes, que reunia a juventude da capital mineira
A praça Duque de Caxias marcou a histria de ícones da música mineira como Milton Nascimento e Lô Borges e se tornou referência no tradicional bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte. Porém, o espaço dá lugar agora a disputas de gangues, troca de tiros e uso de drogas. Polícia Militar e moradores apontam os bailes funk realizados semanalmente em uma antiga casa de seresta, entre as ruas Mármore e Estrela do Sul, como o foco do problema.
Na madrugada de ontem, um rapaz de 19 anos, filho de um cabo da Polícia Militar, foi baleado nas costas, na porta do baile, supostamente em uma troca de tiros. De acordo com o comandante do 16º batalhão, tenente-coronel Robson Queiroz, a PM é chamada frequentemente ao local para atender a ocorrências de perturbação do sossego, brigas e apreensão de armas e drogas. "Recentemente, apreendemos duas armas lá dentro", disse.
Nem a Igreja Católica da praça de Santa Tereza escapou da violência. Em abril do ano passado, a reportagem do Super mostrou que o pároco limitou a abertura do templo (a partir das 16h) para evitar assaltos. Meses antes, uma moradora de rua roubou microfones e tentou levar a imagem de uma santa.
Questionado sobre a violência em decorrência dos bailes funk, o comandante Robson Queiroz informou ter encaminhado um ofício à prefeitura solicitando o fechamento do estabelecimento, embora não tenha estatísticas sobre as ocorrências na praça de Santa Tereza. "Tivemos de colocar uma viatura da madrugada para atender exclusivamente às ocorrências no estabelecimento e nos arredores", disse Queiroz.
Insegurança
Os moradores do bairro também se sentem inseguros com a situação. "A gente fica com medo até de sair na rua. O barulho é muito alto. Os frequentadores passam de madrugada quebrando garrafas, fazendo confusão, brigando", disse a cozinheira Maria Aparecida Cardoso, que vive no Santa Tereza há 20 anos.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Regulação Urbana da prefeitura informou que está ciente do problema e que tomará providências.
Nenhum responsável pelo baile funk foi encontrado ontem para falar sobre o assunto.
Na madrugada de ontem, um rapaz de 19 anos, filho de um cabo da Polícia Militar, foi baleado nas costas, na porta do baile, supostamente em uma troca de tiros. De acordo com o comandante do 16º batalhão, tenente-coronel Robson Queiroz, a PM é chamada frequentemente ao local para atender a ocorrências de perturbação do sossego, brigas e apreensão de armas e drogas. "Recentemente, apreendemos duas armas lá dentro", disse.
Nem a Igreja Católica da praça de Santa Tereza escapou da violência. Em abril do ano passado, a reportagem do Super mostrou que o pároco limitou a abertura do templo (a partir das 16h) para evitar assaltos. Meses antes, uma moradora de rua roubou microfones e tentou levar a imagem de uma santa.
Questionado sobre a violência em decorrência dos bailes funk, o comandante Robson Queiroz informou ter encaminhado um ofício à prefeitura solicitando o fechamento do estabelecimento, embora não tenha estatísticas sobre as ocorrências na praça de Santa Tereza. "Tivemos de colocar uma viatura da madrugada para atender exclusivamente às ocorrências no estabelecimento e nos arredores", disse Queiroz.
Insegurança
Os moradores do bairro também se sentem inseguros com a situação. "A gente fica com medo até de sair na rua. O barulho é muito alto. Os frequentadores passam de madrugada quebrando garrafas, fazendo confusão, brigando", disse a cozinheira Maria Aparecida Cardoso, que vive no Santa Tereza há 20 anos.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Regulação Urbana da prefeitura informou que está ciente do problema e que tomará providências.
Nenhum responsável pelo baile funk foi encontrado ontem para falar sobre o assunto.
"Era comum ver brigas e gente armada no baile"
Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o jovem de 19 anos, baleado ontem de madrugada, saía do baile funk, na praça Duque de Caxias, no Santa Tereza, em companhia de um amigo. Por volta das 4h, segundo a vítima, acontecia uma briga entre cinco pessoas de gangues rivais. Houve troca de tiros, e o rapaz teria sido ferido por uma bala perdida. Ele, que estava na garupa da motocicleta de um amigo, foi atendido no hospital e liberado ainda ontem. Nenhum suspeito foi preso ou identificado.
"Pedi ao meu filho várias vezes para não frequentar aquele lugar porque sei que lá é complicado. Sempre tem tumulto, apreensão de arma, mas ele não me escuta", comentou o pai do rapaz. Segundo o cabo, o filho disse que as pessoas envolvidas no tumulto costumam frequentar o baile, mas ele não soube dizer o motivo da confusão.
Um ex-segurança da casa contou ter deixado o emprego por medo da violência. "Na primeira noite de trabalho, houve batida da polícia e apreensão de muita droga. Era comum ver menores entrando e saindo, brigas e gente armada e se drogando. Temi pela minha vida e acabei saindo", afirmou.
"Pedi ao meu filho várias vezes para não frequentar aquele lugar porque sei que lá é complicado. Sempre tem tumulto, apreensão de arma, mas ele não me escuta", comentou o pai do rapaz. Segundo o cabo, o filho disse que as pessoas envolvidas no tumulto costumam frequentar o baile, mas ele não soube dizer o motivo da confusão.
Um ex-segurança da casa contou ter deixado o emprego por medo da violência. "Na primeira noite de trabalho, houve batida da polícia e apreensão de muita droga. Era comum ver menores entrando e saindo, brigas e gente armada e se drogando. Temi pela minha vida e acabei saindo", afirmou.
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