'Ideia é ter negócios, não trabalho', diz jovem que investe em previdência
Publicitário de 28 anos deixa 30% do salário todo mês em investimentos.
Ele abriu empresa há cinco anos e pensa em trabalhar menos no futuro.
Juste diz que aprendeu a poupar com os pais. “Desde que nasci, escuto meus pais falando que mais importante do que o que se ganha é o que se gasta”, disse. Segundo ele, outra lição da família é a diversidade de investimentos por questões de segurança. “Você não pode colocar todos os ovos na mesma cesta”, afirmou.
O investidor contou que ele e a mulher sempre abrem mão de viajar para ter uma vida mais confortável e menos corrida daqui a alguns anos. Ele disse que atua no setor que mais gosta, mas que, a longo prazo, deseja ampliar os horizontes. “Posso abrir outra empresa, mas que não demande tanta presença”, completou.
Juste abriu o primeiro negócio aos 19 anos, mas, segundo ele, não deu certo por causa da inexperiência que tinha na época. “Comecei bem novo. O mercado não está pra brincadeira”, disse. O fim da primeira empresa não foi totalmente ruim para ele, que recebeu uma proposta de emprego e se mudou para São Paulo, onde morou durante seis meses. “Já voltei pra BH pensando em abrir outro negócio. A gente aprende com os erros”, disse.
O casal ainda não pensa em ter filhos e, atualmente, guarda dinheiro para mobiliar o apartamento recém-comprado. Segundo o publicitário, ele não tem dificuldades para evitar gastos, mas a esposa, sim. “Ela é mais gastadora. Mas conversando a gente se entende”, disse.
Juste diz que ele e a mulher pagam todo mês a previdência social, mas por obrigação por causa da empresa. Para o empresário, não vale a pena investir só na previdência do governo. “É muito inseguro você ficar tantos anos pagando sem saber se vai poder usar, ou se a regra vai mudar”, disse. “A gente vê que é necessária uma reforma no sistema da previdência que não é feita”, concluiu.
Palavra do especialista
Para o planejador financeiro Rafael do Couto, o publicitário Fernando Juste “é um exemplo a ser seguido”. Segundo o especialista, o empresário é sensato, pois se preocupa com o futuro mesmo tendo uma situação financeira estável atualmente. “Ele é um manual de instruções, que não deixa de consumir, nem gastar, mas que pensa que um dia pode precisar dessas reservas. Este perfil é o ideal. Ele construiu um negócio, comprou bens e pensa em crescer”, disse.
De acordo com o especialista, qualquer poupança a longo prazo, seja previdência privada ou outra forma de acumulação, oferece resultados positivos para o investidor que segue um planejamento rigoroso. “Para quem está na atividade empresarial, ter um programa de acumulação de reservas é importantíssimo por dois critérios: o primeiro é que a pessoa tem uma capacidade maior de atravessar crises (...) E se a pessoa tem um negócio e tem interesse em outros, com uma reserva, ela tem uma margem maior para decidir o momento adequado de investir e pode aproveitar mais oportunidades”, concluiu.
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