Apreensões confirmam Minas na rota do ecstasy e do LSD
Entre janeiro e junho deste ano, a PF apreendeu 171 mil comprimidos de ecstasy e 44 mil micropontos de LSD no país
Polícia Federal/Divulgação
Apreensão de ecstasy no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins
Segundo informações da Polícia Federal, eles pagam entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para jovens de classe média transportarem esses entorpecentes. Este ano já foram presos 15 pessoas, com idade entre 22 e 31 anos, todos vindo com drogas do exterior.
Na maioria das vezes, essas pessoas chegam ao país com ecstasy e LSD que geralmente são distribuídos em festas raves. Muitas vezes, os usuários de drogas sintéticas não imaginam o quanto o organismo pode ficar dependente dessas substancias, após o uso de altas dosagens. Transportar essas substâncias dentro do corpo pode ser fatal.
Somente entre janeiro e junho deste ano, a Polícia Federal apreendeu 171 mil comprimidos de ecstasy e 44 mil micropontos de LSD nos aeroportos internacionais brasileiros. Desse total, 53,8% (92mil) comprimidos e 58,8% (25 mil) micropontos, foram encontrados no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Segundo a PF, boa parte do que foi apreendido tinha como destino festas raves no Estado.
O coordenador do Centro de Toxicologia do Hospital Pronto-Socorro João XXIII, Délio Campolina, explica que esses tipos de drogas atingem diretamente as placas de neurotransmissores, que ligam um neurônio ao outro, paralisando a produção de dopamina. Assim, o organismo se torna dependente dessas substancias
O delegado da Polícia Federal Bruno Zampier afirma que as formas utilizadas pelos traficantes para entrar com essas drogas no país já estão com os dias contados. “Usar pessoas bem vestidas, que falam vários idiomas já é um método batido.
Ele alerta que transportar essas drogas dentro do corpo pode ser fatal. “O traficantes só querem saber dessas drogas chegarem até eles e não se importam como vai ser isso. Para viajar com a droga dentro do estômago é preciso coragem. Se a cápsula que a substância está estoura, pode ser fatal”.
Campolina afirma todos os meses, pelo menos quatro pessoas são levadas pela PF, até o HPS João XXIII para retirar drogas de dentro do corpo. “Apenas cinco comprimidos de ecstasy são o suficientes para matar uma pessoa e uma cápsula comporta dez. É uma dosagem alta. Qualquer pessoa teria uma overdose e morreria”, disse.
Segundo o médico, o frequentadores de festas raves são os mais vulneráveis a apresentarem outras complicações. “Essas festas acontecem quase todos os finais de semana, o que faz a dependência aumentar. Os usuários podem apresentar arritmia, já que o ecstasy e o LSD aceleram o coração, levando a uma possível para cardiorrespiratória”, afirmou.
O ecstasy e o LSD são produzidos Bélgica e na Holanda e chegam ao Brasil em um esquema conhecido como “narcoturismo” que é umas das principais portas de entrada de droga s no Brasil.
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