SUCATEAMENTO DA POLICIA CIVIL DE MG
Esvaziamento
A Polícia Civil de Minas (e em Uberaba, inclusive) não é a única esvaziada pelos governadores. Isso vem acontecendo em onze Estados brasileiros e em dezenove há carência de pessoal nas delegacias especializadas de homicídios (eliminadas em Minas Gerais com prejuízos para a elucidação de assassinatos). O diagnóstico foi feito pelo Conselho Nacional do Ministério Público. E, acredite, Minas – com todas as suas carências – tem o segundo maior efetivo brasileiro de Polícia Civil, mas ocupa a 9ª posição na relação policiais por 100 mil habitantes (57,7).
Considerando-se que aproximadamente 25 mil crimes precisam ser apurados anualmente em Uberaba é grande o acervo da Polícia Judiciária. Com apenas treze delegados e três dezenas de escrivães e investigadores, a Polícia Civil tem encaminhado cerca de 300 inquéritos/mês concluídos ao Fórum “Melo Viana”. Os números dão bem a dimensão da impunidade. O tempo joga a favor dos marginais.
Substituição necessária
E está passando da hora do Estado pensar na substituição de policiais por civis em atividades administrativas. Funções de recepcionista, telefonista, recursos humanos, estatística, médico, dentista, vistoriador de veículos, emplacamento, dentre outras, poderiam estar confiadas a civis sem nenhum prejuízo para as instituições e o serviço público. Haveria economia com salários e retardo de aposentadorias.
Queixa furada
Delegado aposentado da Polícia Civil procurou o Ministério Público para se queixar da Secretaria de Trânsito. Dizia-se perseguido com base nas autuações por infração de trânsito lavradas para veículos irregularmente estacionados diante do seu estabelecimento comercial. A promotora Claudine investigou o caso e constatou inexistir a perseguição denunciada, mas, sim, ação legítima dos guardas municipais para coibir irregularidades no trânsito.
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