(in) Segurança Pública: O pior é a falta de perspectivas
Chamada Geral com Eduardo Costa
Dar uma notícia ruim é sempre desagradável, mas, sem dúvida, quando ela é esperada, o mensageiro sente-se seguro e, se tiver a verve política nas veias, minimiza o impacto usando artifícios para dizer que a situação poderia estar muito pior. O secretário de Defesa Social de Minas, Lafayette Andrada, tinha que admitir o que o que todos já sabiam - o aumento da violência em Minas, no ano passado - mas fez um discurso assegurando que a situação, hoje, é muito melhor que a de 2004, quando a dupla Aécio e Anastasia modificou todo o sistema de segurança pública, criando a Secretaria de Defesa Social e determinando a integração entre as polícias, além de realizar o processo de transferência de presos das delegacias para o sistema penitenciário. Que os números foram positivos na década passada ninguém pode negar; entretanto, isso já foi bastante comemorado e o que conta agora é o aumento das estatísticas. Não bastasse o índice de 10,8 % na chamada criminalidade violenta (homicídios, assaltos, estupros etc) qualquer que seja o dado, referente ao Estado, à Região Metropolitana ou a Belo Horizonte, o cenário é sempre preocupante. O pior, no entanto, é que os fatos não animam: o contingente da PM em algumas unidades importantes, como a 6ª Companhia, da área central de Belo Horizonte, é hoje menor que o de décadas atrás; a Polícia Civil conta hoje com menos de 8 mil homens e mulheres e só tem presença efetiva em 300 dos 853 municípios mineiros; o sistema penitenciário criou 35 mil vagas, mas precisa do dobro, urgentemente, e o Corpo de Bombeiros carece de homens, treinamento e equipamentos, embora tenha mais de R$ 70 milhões da taxa de incêndio nos cofres do governo.
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