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terça-feira, 13 de março de 2012


Acordo para salvar Bruno
Afirmação feita por advogado do goleiro de que Eliza morreu por ordem de Macarrão seria combinação de bastidores
RAPHAEL RAMOS
falesuper@supernoticia.com.br

FOTO: ALEX DE JESUS - 18.10.2010
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A mudança repentina na estratégia de defesa do goleiro Bruno Fernandes, que agora aponta ser Luiz Henrique Romão, o Macarrão, o grande responsável pelo desaparecimento e a morte de Eliza Samudio, pode ser uma combinação para que o braço-direito do jogador assuma o crime. A informação é de uma pessoa envolvida no processo, que pediu sigilo. De acordo com essa fonte, representantes de Bruno teriam tido contato com Macarrão na penitenciária Nelson Hungria, onde os dois acusados estão presos.
Ontem, um dia após o advogado de Bruno, Rui Pimenta, reafirmar que Eliza está morta e culpar Macarrão, o defensor Wasley César de Vasconcelos, que representava o braço-direito do goleiro, deixou o caso. Questionado, Vasconcelos não vinculou a própria decisão de deixar o caso, na manhã de ontem, às declarações de Pimenta. No entanto, deixou escapar que "as defesas tomaram rumos diferentes". "Não compactuo crime com ninguém. Não vou jogar por terra um trabalho de um ano e oito meses", afirmou. Desde o início do processo Vasconcelos atuava como defensor de Macarrão.
Apesar de a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informar que, no cadastro de visita de Macarrão, contarem apenas um dos advogados dele e familiares, a fonte sustenta que os contatos entre a defesa de Bruno e Macarrão aconteceram, principalmente, nos dois últimos dois meses, o que coincide com a troca de advogados do goleiro. "Parece que ele já foi convencido a assumir tudo. Vamos ver se ele vai fazer isso no tribunal", afirmou. Ainda segundo a fonte, Macarrão deverá "assumir a culpa pelo crime" durante o julgamento dos oito acusados no tribunal do júri, que ainda não tem data para acontecer.
O novo advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, não foi encontrado para falar sobre um possível acordo.
Em dezembro último, Bruno passou a ser defendido pelos advogados Rui Pimenta e Francisco Simim, após Cláudio Dalledone, que o representava, desistir da causa. Procurado pela reportagem, Simim nega a existência de qualquer acordo com Macarrão para livrar Bruno. "Nunca tive contato com ele (Macarrão). A mudança na defesa do Bruno acontece porque agora estamos nos baseando nos próprios autos do processo", afirmou.
Estratégias
Desde o desaparecimento de Eliza, a defesa dos acusados sempre alegou que o inquérito não provou a materialidade do crime, uma vez que o corpo nunca foi encontrado. Em dezembro, conforme antecipado pelo Super, Simim admitiu, pela primeira vez, a morte da ex-amante de Bruno. Desde então, a defesa do goleiro passou a argumentar que o crime teria sido articulado por Macarrão devido a um "amor homossexual a Bruno". Hipótese refutada pela defesa de Macarrão.
FOTO: FELIPE O´NEILL/AGÊNCIA O DIA
"Não muda nada"
A mudança na estratégia de defesa de Bruno Fernandes parece pouco convincente e não deve resultar em mudanças imediatas no processo que beneficiem o goleiro. Essa é a opinião de advogados criminalistas ouvidos pela reportagem do Super Notícia. De acordo com o doutor em criminologia e conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) Adilson Rocha, a mudança não muda a condição de Bruno de coautor do crime, uma vez que, conforme o processo, ele tinha conhecimento das intenções. "Apesar de ter condições, ele (Bruno) não teria feito nada para evitar o crime. Ele também já foi pronunciado". Para o delegado-chefe do Departamento de Investigações (DI), Edson Moreira, que presidiu o inquérito que incrimina Bruno, Macarrão e os demais envolvidos, "eles estão querendo aliviar o lado do Bruno, mas o inquérito tem provas robustas". "O que vai acontecer agora com eles, só vamos saber quando acontecer o julgamento", afirmou Moreira. A reportagem procurou a juíza da comarca de Contagem, Marixa Rodrigues, que pronunciou os acusados, mas, através da assessoria do Tribunal de Justiça, ela informou que não comentaria o caso.
Bruno e Macarrão foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha, corrupção de menores e subtração de criança. A soma das penas varia de 36 a 49 anos.

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