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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


SANTA EFIGÊNIA
Polícia atirou contra jovem, que estava com arma descarregada; familiares criticam ação
LUCIANE CÂMARA
Meybe diz que era só ameaça
O motoboy Paulo Márcio Alves dos Santos, de 22 anos, foi assassinado por um policial na madrugada de ontem, após ameaçar a ex-mulher de morte. Ele entrou armado e aparentemente alcoolizado na pizzaria em que a garçonete Meybe de Souza, de 21 anos, trabalha. Ele dizia que ‘faria uma loucura’ caso ela não fosse embora com ele. A Polícia Militar foi acionada e matou o rapaz com um tiro na cintura. Segundo a polícia, a arma dele estava sem munição.

A confusão aconteceu em uma pizzaria do bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Por volta de 1h, Santos entrou no local para conversar com a ex-mulher. "Ele já tinha me agredido e ameaçado. Mas ontem ele só queria conversar comigo sobre a pensão e as visitas ao nosso filho, que tem 2 anos", relatou.

A discussão começou quando Meybe disse que iria embora com um colega de trabalho e Santos teve uma crise de ciúmes. A polícia foi acionada e atirou contra o rapaz. Familiares e a até mesmo a ex-mulher dele criticam a atuação da polícia, alegando que o tiro foi efetuado pelas costas e sem necessidade, já que o motoboy não teria reagido, mas só tentado fugir. Enquanto o caso é investigado, o soldado que atirou está preso no 22º batalhão da Polícia Militar. 


Minientrevista
Meybe de souza
Ex -namorada de Paulo
Como era a sua relação com o Santos?
A gente começou a namorar há cinco anos e morávamos juntos há um ano e meio. Porém, nos últimos três meses, o casamento foi piorando, ele começou a usar drogas, ficou viciado em cocaína, e às vezes era violento comigo, me batia e me agredia verbalmente. Ele dizia que se a gente se separasse ele ia acabar comigo, que eu não seria de mais ninguém.

E com o filho, como ele era?
Ele era um ótimo pai, meu filho é doido com ele. Como vou explicar para o menino o que aconteceu? Até comigo, o Paulo só ameaçava, mas nunca teria coragem de fazer nada.

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