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quinta-feira, 10 de novembro de 2011


A sentença foi dada na madrugada desta quinta-feira pelo júri no Fórum Lafayette. a defesa já entrou com recurso


RENATO COBUCCI
10_julgamento caso Viviane_RENATO COBUCCI
O cabo foi condenado a 15 anos de prisão e a ex-mulher pegou 14 anos de reclusão


O cabo da Polícia Militar (PM) Edivaldo Sales Simplício, de 43 anos, e sua ex-mulher, Geralda da Silva Sales Simplício, de 41, foram condenados nesta quinta-feira (10) pela morte e sumiço do corpo da secretária Viviane Andrade Brandão. O crime aconteceu em dezembro de 2002 e a decisão é do Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. O cabo foi condenado a 15 anos de prisão e a ex-mulher pegou 14 anos de reclusão, mas vão aguardar recurso em liberdade.

A sessão, presidida pela juíza Célia Ribeiro de Vasconcelos, teve início na manhã de quarta-feira (9) e só terminou na madrugada desta quinta-feira (10). No julgamento foram ouvidas seis testemunhas e dois informantes, pais da vítima, além dos acusados.

A mãe de Viviane, Ana Brandão, de 64 anos, afirmou em depoimento que era vizinha dos acusados e que sua filha frequentava a casa deles. A mãe contou que através e boatos ficou sabendo que a filha mantinha um relacionamento amoroso com o cabo e que ele teria induzido Viviane a namorar o sobrinho de Geralda para não levantar suspeitas. O pai da vítima, Roberto Márcio Brandão, 59 anos, confirmou o relacionamento entre a filha e o cabo da Polícia Militar.

Ana Brandão e outras duas testemunhas contaram que no dia do desaparecimento (27 de dezembro), a vítima disse que iria encontrar com o cabo Sales. O gerente da lanchonete onde Viviane trabalhava contou que a jovem reclamava de ameaças e que no dia de seu desaparecimento, ela disse que sairia para encontrar com “o amor da vida dela”, e saiu, por volta de meio-dia, deixando suas coisas para trás.

O ex-marido da vítima também foi ouvido e contou que quando se casaram, Viviane já estava grávida de seis meses. Quatro anos depois ele soube do romance da esposa com o cabo e chegou a fazer exame de DNA, para confirmar se a filha era mesmo dele.

A última testemunha de acusação ouvida foi uma funcionária da clínica de emagrecimento onde a ex-mulher do cabo fazia tratamento. Segundo ela, no dia do desaparecimento de Viviane, Geralda esteve na clínica para uma consulta e parecia muito nervosa. A funcionária contou ainda que normalmente Geralda ia à clínica acompanhada do filho, mas neste dia chegou com o marido.

Dois policiais militares que trabalharam com o cabo Sales na Rotam também foram ouvidos e confirmaram que, no dia 27 de dezembro, chegou uma notícia no batalhão de que a “namorada” do acusado havia desaparecido. Os PMs disseram ainda que na ocasião o cabo Sales chegou a pedir ajuda dos colegas para procurá-la.

Em seu depoimento, o cabo Sales assumiu o relacionamento extraconjugal com Viviane por nove anos, mas disse que em 2001 e 2002 só teve dois contatos com ela e que foi vítima de uma armação. Segundo ele, no dia do desaparecimento da vítima ele pegou serviço às 7 horas e telefonou para Viviane marcando um encontro no quartel ao meio-dia. Ele afirmou que o encontro não aconteceu e depois não teve mais contato com Viviane.

O advogado de defesa do casal, Carlos Antônio Pimenta, informou que as acusações de homicídio são falsas. Em entrevista à Rádio Itatiaia, na quarta-feira, ele disse que "todo o processo foi forjado pelo delegado Edson Moreira, que apenas queria incriminar e achar um culpado". Ele disse que também não entende porque Geralda foi envolvida no caso, uma vez que não teria conhecimento dos possíveis romances extraconjugais do marido. Ele também chamou de "poesia e literatura" a versão apontada pela acusação.

A defesa argumentou ainda que a ausência do corpo põe em dúvida a ocorrência de homicídio e disse que a autoria do crime não foi satisfatoriamente comprovada.

Mas o Ministério Público, representado pelo promotor Marcelo Dumont Pires, sustentou a tese de que a ausência do corpo em um crime pode ser prescindível quando as provas no processo são fartas, lembrando, também, que ocultação de cadáver é crime.

O promotor citou declarações do acusado, que considerou controversas e acredita que o crime foi cuidadosamente planejado e os álibis construídos. A versão do MP é de que a secretária foi morta a tiros e uma corda encontrada no porta-malas do carro do policial reforça a hipótese de homicídio.

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