Além de ser atingido por golpes de faca, marretas e alavancas, o corpo de Roberta foi queimado com óleo fervendo
Divulgação Polícia Civil
O travesti Roberta e o ex-companheiro, Edmar Antunes de Jesus, que está foragido
Segundo o títular da Delegacia de Homicídios de Santa Luzia, Christiano Xavier, o grupo foi preso durante uma operação realizada na quarta-feira (14). O crime teria sido planejado pelo companheiro da vítima, Edmar Antunes de Jesus, conhecido como Tatá, de 24 anos, que está foragido, provavelmente, no Estado da Bahia.
As investigações apontam que o travesti, Alberto Machado Amorim, mais conhecido como Roberta, morava junto com Edmar há pouco mais de um mês no Bairro Palmital. Os dois teriam se conhecido dentro do presídio de São Joaquim de Bicas, em 2010, quando cumpriam penas.
A morte de Roberta teria começado a ser planejada por causa da venda de uma casa no Bairro Juliana, Região Norte da Capital, pela qual ela receberia R$ 13 mil. Interessado no dinheiro, o mentor do homicídio arquitetou um plano, mas para executá-lo precisaria da ajuda de outras pessoas.
Na noite de sábado (20), Edmar acompanhado de Erick Pablo Teotônio Ferreira, 20 anos, Paulo Sérgio Pereira, 23, Alessandro Pereira das Neves Junior, 18, e dois adolescentes, surpreenderam Roberta dentro de casa.
O travesti foi amarrado na cama com cordões de sapato e torturado com requintes de crueldade. Além de ser atingido por golpes de faca, marretas e alavancas, o corpo foi queimado com óleo fervendo.
Depois da seção de tortura, que durou aproximadamente três horas, os criminosos embrulharam a vítima em um colchão e a arrastaram até um campo de futebol da região. Junto a entulhos de lixo, o grupo ainda colocou fogo em Roberta que estava vivo.
Segundo Xavier, Edmar teria prometido aos comparsas que em troca da ajuda pagaria R$ 300, valor que Roberta estaria devendo para terminar de quitar o barracão, onde morava com o companheiro. Curiosamente, o barracão já havia sido palco de um outro homicídio, em novembro de 2009.
Ainda de acordo com as investigações, no dia seguinte ao crime, Edmar pediu à mãe do travesti a quantia de R$ 10 mil, alegando que não tinha envolvimento no crime e que estava correndo risco de vida. A mulher teria dado apenas R$ 270 e disse que ia para o Estado da Bahia. Desde então, não foi mais visto.
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