BLOG DO POPEYE

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Contagem .Neli Maria e Jair Lacerda teriam sequestrado menina de 7 anos

Polícia pedirá preventiva de casal suspeito de sequestro

Prisão por mais 30 dias garante tempo para delegada concluir investigação

A delegada Cristina Coelli, chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, irá pedir a prisão preventiva (válida por 30 dias) da dona de casa Neli Maria Neves, 53, e do policial reformado Jair Narcísio de Lacerda, 65, até amanhã. Eles são suspeitos do sequestro da menina Stéfany Rodrigues Barbosa dos Santos, 7.

O pedido de prisão preventiva irá garantir que o casal de sequestradores não seja solto na próxima quarta-feira, quando vence o prazo da prisão temporária. Stéfany foi raptada no início do mês, na feira de artesanato do bairro Eldorado, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A delegada afirmou que, entre hoje e amanhã, pretende ouvir mais três testemunhas do caso. "Minha intenção é concluir o inquérito até o fim desta semana", disse. Neli e Lacerda também são suspeitos de usarem a jovem Natália Neves Lacerda, 24, que vive em cárcere com os dois desde 1 ano, para praticar estelionato. A casa em que a menina Stéfany foi mantida em cárcere por três dias está em nome de Natália.

Até o momento, as investigações apontam que o casal e outros integrantes da família falsificavam documentos das vítimas para aplicar golpes de estelionato e firmar contratos de compra e venda de imóveis.

A delegada aguarda para os próximos dias a conclusão dos trabalhos da equipe médica que irá apontar se a jovem tem, ou não, problemas mentais. Natália passa por acompanhamento de assistente social e psicólogos. Nas buscas realizadas na casa da família, foi encontrado um laudo que dizia que a menina tinha problemas mentais.

"O laudo que aponta o estado de saúde mental de Natália muda tudo. Se ela não tiver nada, pode ser suspeita de ter participado do sequestro da criança e da prática de estelionato. Mas, se Natália realmente tem um distúrbio, ela também seria uma vítima", explicou Cristina Coelli.

Ainda de acordo com a delegada, ela irá transferir, nesta semana, a investigação do caso de Natália para o Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio.