"SEJAM BEM VINDOS AO MEU BLOG."

Atenção!!!
Todas as matérias publicadas neste Blog são angariadas de fontes da internet, cujo os respectivos links estão contidos no título de cada postagem.


PREVISÃO DO TEMPO

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Bebedores insistem em ignorar a Lei Seca em Belo Horizonte

Apesar das blitzes para flagrar quem dirige embriagado e das pesadas multas, muitos motoristas assumem a infração


FLAVIO TAVARES
LEI SECA
O Hoje em Dia flagrou diversos motoristas ignorando a lei em três bairros da Capital


Basta uma lata de cerveja, dependendo do organismo da pessoa, para que capacidades como reflexo e noção de distância fiquem comprometidas. Apesar disso, muitos motoristas ignoram os riscos e insistem na perigosa combinação de álcool e direção. Nem mesmo a intensificação das blitzes da Lei Seca em Belo Horizonte e na Região Metropolitana tem sido capaz de conscientizar quem insiste em assumir o volante depois de ingerir bebidas alcoólicas.

Hoje em Dia percorreu na tarde de segunda-feira três bairros de Belo Horizonte e flagrou em vários bares e restaurantes motoristas ignorando a lei. Somente em um estabelecimento localizado no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul da cidade, cinco homens que estavam bebendo cerveja admitiram que iriam dirigir mesmo tendo ingerido, em média, mais de cinco garrafas da bebida cada um.

Para tentar barrar os infratores, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) realizou, durante o fim de semana, novas operações dentro da campanha "Sou pela vida. Dirijo sem bebida". Entre a noite de sexta-feira e a tarde de domingo, 317 veículos foram abordados em Belo Horizonte. Deste total, seis motoristas recusaram-se a soprar o bafômetro. Nos três dias de blitzes, 30 pessoas foram pegas embriagadas. Sete delas com teor etílico acima de 0,34 mg/l. Estas, além de receberam a multa de R$ 957,70 e terem a carteira recolhida, podendo ser suspensa por um ano, também podem responder a um processo criminal.

A fase mais rigorosa das fiscalizações da Lei Seca em Belo Horizonte completou um mês no domingo. De acordo com a Seds, no período 2.803 veículos foram abordados e 265 motoristas foram autuados, o que representa que quase 10% deles estavam embriagados. Sessenta e seis vão responder criminalmente. Desde o último dia 5, mesmo os motoristas sem sintomas de embriaguez são obrigados a soprar o bafômetro.

Na segunda-feira, na mesa de um bar na Avenida Brasil, no Bairro Funcionários, um professor de 39 anos, que também é advogado e preferiu não se identificar, não se constrangeu ao dizer que ignora a legislação de trânsito e os perigos de dirigir sob efeito das mais de oito garrafas de cerveja que bebia com um amigo. Ele aponta a desvantagem financeira de custear um táxi para sair como argumento para não deixar o carro em casa e usar outro tipo de transporte. "Fica inviável. O governo precisa pensar alguma maneira criativa de transporte para quem quer sair e beber. Nos pontos mais badalados da cidade deveria ter o serviço de táxi lotação", defende. O professor admite, porém, que a lei trouxe preocupações e que mudou de hábito, mas sem deixar de combinar bebida e volante. "Agora procuro sair mais perto da minha casa. Aí corro menos riscos".

Pedido para a filha ir buscar
No mesmo estabelecimento, o administrador de empresa aposentado Eduardo Gontijo, de 57 anos, chegou ao local dirigindo seu veículo e também fez uso de bebida alcoólica. Questionado, ele disse que na hora de ir embora ligaria para a filha, que tem a missão de buscá-lo toda vez que ele sai para beber. "Moro a duas quadras. Vim de outro local e parei aqui. Na hora de sair vou ligar para minha filha", disse o homem que concorda com o rigor da lei.

LEI SECA
Eduardo Gontijo foi de carro para um bar, mas garantiu que sua filha, que mora nas imediações, iria conduzir o veículo na volta para casa (Fotos: Flavio Tavares)
A diretora geral do Centro Mineiro de Toxicomania da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Raquel Martins Pinheiro, alerta para os perigos de se beber e dirigir. Ela explica que uma pessoa não fica embriagada com uma lata de cerveja. Porém, os 350 ml que cabem no recipiente são suficientes para alterar o reflexo e o calculo de distância da pessoa, que são dois pontos fundamentais para se dirigir com segurança.

"Tem pessoas que falam que uma latinha não atrapalha em nada. Entretanto, é preciso levar em consideração o organismo de cada um. Como a lei é baseada em evidência, tem que ser de modo geral, já que é uma informação para todos", afirma Raquel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI O SEU COMENTÁRIO

Compartilhe