O remédio Metadoxil (pidolato de piridoxina, 500 miligramas, com 30 comprimidos) estaria sendo utilizado por motoristas alcoolizados para fugir do teste do bafômetro. O medicamento serviria para que o teor alcoólico do motorista que fizesse o teste não fosse detectado. O novo “princípio ativo” do Metadoxil se espalha pelas redes sociais na internet.
O uso não prescrito do medicamento pode causar transtorno gástrico, erupção cutânea, de acordo com especialistas. Em caso de superdosagem, o remédio pode causar o aumento da frequência respiratória (taquipneia) e convulsões.
O medicamento é indicado para o tratamento de alterações hepáticas provocadas por intoxicação alcoólica crônica, a exemplo de hepatite alcoólica e fígado gorduroso. Sua função principal é restaurar o fígado debilitado.
Não há, entretanto, comprovação do efeito do medicamento no momento do teste do bafômetro. “Não sei como pode funcionar no teste do bafômetro. O Metadoxil acelera o metabilismo do álcool, isso é, o álcool é processado mais rapidamente no organismo. Ele é eliminado mais rapidamente”, diz a farmacêutica Natália Maciel, da Droganova, em Belo Horizonte.
“A eficácia do medicamento é alta. O remédio age rapidamente no organismo”, afirma a farmacêutica.
O remédio tarja vermelha, vendido somente com receita médica, é comercializado ao preço médio de R$ 45. O laboratório que fabrica o medicamento, por meio da bula, informa que o Metadoxil “atua no metabolismo do álcool, acelerando a sua degradação através do amento da atividade de enzimas”.
Assim, o medicamento “acelera a remoção do acetaldeído que, em excesso, ocasiona a intoxicação alcoólica e seus sintomas negativos. O medicamento transforma esses sintomas negativos em “acetato”, bem menos tóxico que o álcool, reduzindo a concentração e o tempo do álcool na corrente sanguínea”.
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