Réus acusados de matar cruzeirense devem ser ouvidos neste segundo dia de júri
Marcelo Prates/Hoje em Dia
Questões técnicas fizeram com que o julgamento dos seis réus atrasasse
Deve ser iniciado logo mais às 8h30, desta quinta-feira (31) o segundo dia de julgamento dos seis integrantes da Galoucura acusados de participar da morte por espancamento do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, ocorrida em 2010. O juiz deve interrogar os seis réus e, logo após, terão início os debates entre defesa e acusação, com possibilidade de réplica e tréplica. O Conselho de Sentença se reúne, ao final, para definir se os acusados são responsáveis ou não pelos crimes. Os trabalhos do primeiro dia foram encerrados a 0h07 dessa quinta-feira (31).
Na quarta-feira (30), foram exibidos vídeos aos jurados, pela defesa dos réus, que mostravam o comportamento das torcidas organizadas e 19 testemunhas foram ouvidas. A expectativa do juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, da 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, é de que o júri popular termine ainda na madrugada desta quinta-feira. A vítima foi agredida em frente ao Chevrolet Hall, em novembro de 2010. Os réus que respondem em liberdade foram advertidos que estão intimados à comparecer à audiência. Os jurados – quatro homens e três mulheres - ficaram incomunicáveis até a continuação da audiência.
Das 29 testemunhas previstas para serem ouvidas, 12 ainda devem ser ouvidas durante os próximos passos do julgamento. A primeira vítima ouvida no julgamento disse que foi agredida por muitas pessoas. Contou que tomava alguns medicamentos devido a um acidente em 2004 e que, depois das agressões em frente ao Chevrolet Hall, foram prescritos a ela mais três remédios. Ela afirmou não se lembrar de quem a agrediu, mas disse que viu Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, atacando o rapaz que morreu.
A segunda vítima ouvida não apontou nenhum dos acusados presentes como participantes da briga em novembro de 2010. Ela chegou a identificar, na fase de inquérito, um dos acusados como agressor, mas não confirmou a identificação em plenário. A terceira vítima, L.Z.F., confirmou que foi integrante da Máfia Azul por mais de seis anos e que, na época do crime, já não participava mais dessa torcida. Disse que foi agredido quando estava próximo ao Chevrolett Hall e, mesmo depois de ter caído, continuou levando chutes.
A primeira testemunha ouvida no Tribunal do Júri disse que não fazia parte de nenhuma torcida organizada, mas presenciou quando quatro dos seis acusados atacaram Otávio Fernandes. Outra testemunha disse ter visto o acusado Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé com uma grade nas mãos indo em direção aos torcedores adversários.
Após o intervalo de 45 minutos para o almoço, destacou-se o fato de o acusado Windsor Luciano Duarte Serafim ter sido visto com um cavalete na mão e de o réu Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, ter agredido a vítima Otávio Fernandes com uma barra de ferro. Segundo as testemunhas, havia cerca de 20 cruzeirenses no local da briga. O número de atleticanos, contudo, era maior.
Um capitão da Polícia Militar, que na época comandava o serviço de inteligência do Batalhão de Eventos, afirmou que foi avisado por um informante sobre a presença de torcidas rivais no evento. Ele chegou a ligar para o então presidente da Galoucura e o advertiu de sua responsabilidade em caso de alguma ocorrência, sugerindo que ele deixasse o local com os integrantes da torcida. Foram ouvidos ainda dois, dos quatro militares do Batalhão de Eventos que foram ao local para averiguar a possibilidade do confronto, mas eles afirmaram que foi impossível apartar a briga entre os torcedores, já que poucos policiais estavam presentes no momento do crime.
Às 20h30, os trabalhos foram suspensos no Fórum Lafayette para o intervalo do jantar. No retorno, foram ouvidos o perito policial e o delegado de polícia que participaram da apuração do crime. O perito não soube informar quanto tempo considerou pertinente para concluir o laudo técnico, mas reafirmou ter focado seu trabalho nas imagens mais relevantes que mostravam o momento do crime.
Já o delegado de polícia disse que não assistiu a todos os vídeos pessoalmente, pois nomeou os investigadores que analisaram e remeteram o material para a perícia com as imagens mais relevantes. Ele destacou que dos sete suspeitos apontados como envolvidos no crime, cinco foram identificados na perícia e apenas dois não tiveram associados seus nomes às imagens.
Na quarta-feira (30), foram exibidos vídeos aos jurados, pela defesa dos réus, que mostravam o comportamento das torcidas organizadas e 19 testemunhas foram ouvidas. A expectativa do juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, da 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, é de que o júri popular termine ainda na madrugada desta quinta-feira. A vítima foi agredida em frente ao Chevrolet Hall, em novembro de 2010. Os réus que respondem em liberdade foram advertidos que estão intimados à comparecer à audiência. Os jurados – quatro homens e três mulheres - ficaram incomunicáveis até a continuação da audiência.
Das 29 testemunhas previstas para serem ouvidas, 12 ainda devem ser ouvidas durante os próximos passos do julgamento. A primeira vítima ouvida no julgamento disse que foi agredida por muitas pessoas. Contou que tomava alguns medicamentos devido a um acidente em 2004 e que, depois das agressões em frente ao Chevrolet Hall, foram prescritos a ela mais três remédios. Ela afirmou não se lembrar de quem a agrediu, mas disse que viu Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, atacando o rapaz que morreu.
A segunda vítima ouvida não apontou nenhum dos acusados presentes como participantes da briga em novembro de 2010. Ela chegou a identificar, na fase de inquérito, um dos acusados como agressor, mas não confirmou a identificação em plenário. A terceira vítima, L.Z.F., confirmou que foi integrante da Máfia Azul por mais de seis anos e que, na época do crime, já não participava mais dessa torcida. Disse que foi agredido quando estava próximo ao Chevrolett Hall e, mesmo depois de ter caído, continuou levando chutes.
A primeira testemunha ouvida no Tribunal do Júri disse que não fazia parte de nenhuma torcida organizada, mas presenciou quando quatro dos seis acusados atacaram Otávio Fernandes. Outra testemunha disse ter visto o acusado Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé com uma grade nas mãos indo em direção aos torcedores adversários.
Após o intervalo de 45 minutos para o almoço, destacou-se o fato de o acusado Windsor Luciano Duarte Serafim ter sido visto com um cavalete na mão e de o réu Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, ter agredido a vítima Otávio Fernandes com uma barra de ferro. Segundo as testemunhas, havia cerca de 20 cruzeirenses no local da briga. O número de atleticanos, contudo, era maior.
Um capitão da Polícia Militar, que na época comandava o serviço de inteligência do Batalhão de Eventos, afirmou que foi avisado por um informante sobre a presença de torcidas rivais no evento. Ele chegou a ligar para o então presidente da Galoucura e o advertiu de sua responsabilidade em caso de alguma ocorrência, sugerindo que ele deixasse o local com os integrantes da torcida. Foram ouvidos ainda dois, dos quatro militares do Batalhão de Eventos que foram ao local para averiguar a possibilidade do confronto, mas eles afirmaram que foi impossível apartar a briga entre os torcedores, já que poucos policiais estavam presentes no momento do crime.
Às 20h30, os trabalhos foram suspensos no Fórum Lafayette para o intervalo do jantar. No retorno, foram ouvidos o perito policial e o delegado de polícia que participaram da apuração do crime. O perito não soube informar quanto tempo considerou pertinente para concluir o laudo técnico, mas reafirmou ter focado seu trabalho nas imagens mais relevantes que mostravam o momento do crime.
Já o delegado de polícia disse que não assistiu a todos os vídeos pessoalmente, pois nomeou os investigadores que analisaram e remeteram o material para a perícia com as imagens mais relevantes. Ele destacou que dos sete suspeitos apontados como envolvidos no crime, cinco foram identificados na perícia e apenas dois não tiveram associados seus nomes às imagens.
Entenda o caso
No dia 27 de novembro de 2010, Otávio Fernandes e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os agressores estavam em um evento de luta livre no Chevrolet Hall. Ao ficarem sabendo da chegada de membros da torcida rival, o grupo teria saído da casa de shows e agrediram cinco torcedores, “com ações extremamente violentas”, utilizando paus e cavaletes, e que culminou na morte de Otávio. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.
No dia 27 de novembro de 2010, Otávio Fernandes e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os agressores estavam em um evento de luta livre no Chevrolet Hall. Ao ficarem sabendo da chegada de membros da torcida rival, o grupo teria saído da casa de shows e agrediram cinco torcedores, “com ações extremamente violentas”, utilizando paus e cavaletes, e que culminou na morte de Otávio. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.
(*) Com informações do TJMG.
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