Na Capital, foram solicitadas, em apenas um mês, 932 medidas protetivas para vítimas de violência doméstica
MARCELO PRATES/ARQUIVO
Para a delegada, medo é o principal obstáculo na hora de denunciar o agressor
Em apenas um mês, 932 medidas protetivas referentes à violência doméstica foram solicitadas pela única Delegacia de Crimes contra a Mulher de Belo Horizonte. A média é de pelo menos 30 ocorrências encaminhadas por dia às duas Varas Criminais de BH, especializadas nesses casos. O número já é 36% maior, se comparado à média registrada no ano passado, de 22 pedidos diários para evitar a presença do agressor nos locais frequentados pela vítima.
As solicitações feitas pela Delegacia da Mulher da capital remetem ao bárbaro assassinato da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, morta na quinta-feira (2) com mais de 20 facadas. O marido dela, Djalma Brugnara Veloso, suspeito do homicídio, recebeu, na tarde da última quarta-feira, a intimação de medida protetiva determinada pela Justiça.
No ano passado, 7.590 ocorrências de violência contra a mulher foram registradas na delegacia especializada de Belo Horizonte. Porém, o balanço oficial ainda não foi consolidado, e esse número pode sofrer um aumento de até 20%, chegando a 9.108 casos. Nos últimos três anos, mais de 10.419 inquéritos policiais foram instaurados, mas apenas 1.333 homens – pouco mais de 12% – foram presos por esse mesmo crime.
Para a delegada-adjunta de Mulheres de Belo Horizonte, Elizabeth de Freitas Assis Rocha, as mulheres estão com mais coragem para enfrentar a violência doméstica. “Independentemente das estatísticas, temos percebido que os homens continuam violentando suas parceiras, e elas, devido a uma maior conscientização, estão muito mais dispostas a denunciar os casos”, avalia a delegada.
Segundo ela, o medo é o principal obstáculo na hora de denunciar o agressor. A maior parte das ocorrências está relacionada ao alcoolismo, ao uso de drogas e a questões financeiras. “Observamos que, quase sempre, a vítima depende financeiramente do marido ou companheiro. Isso interfere, e muito, na decisão de procurar a ajuda policial”, diz Elizabeth.
Instituída para criar mecanismos capazes de coibir a violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha completou cinco anos em 2011. A legislação foi responsável por um aumento acima dos 300% nas prisões de agressores, desde 2006. Para a delegada, a mudança foi fundamental, mas ainda existem falhas que evidenciam a insegurança da mulher. “É necessário criar mecanismos capazes de fiscalizar o agressor. Não basta expedir a medida protetiva, é preciso ter garantias”, acrescenta a servidora estadual.
As solicitações feitas pela Delegacia da Mulher da capital remetem ao bárbaro assassinato da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, morta na quinta-feira (2) com mais de 20 facadas. O marido dela, Djalma Brugnara Veloso, suspeito do homicídio, recebeu, na tarde da última quarta-feira, a intimação de medida protetiva determinada pela Justiça.
No ano passado, 7.590 ocorrências de violência contra a mulher foram registradas na delegacia especializada de Belo Horizonte. Porém, o balanço oficial ainda não foi consolidado, e esse número pode sofrer um aumento de até 20%, chegando a 9.108 casos. Nos últimos três anos, mais de 10.419 inquéritos policiais foram instaurados, mas apenas 1.333 homens – pouco mais de 12% – foram presos por esse mesmo crime.
Para a delegada-adjunta de Mulheres de Belo Horizonte, Elizabeth de Freitas Assis Rocha, as mulheres estão com mais coragem para enfrentar a violência doméstica. “Independentemente das estatísticas, temos percebido que os homens continuam violentando suas parceiras, e elas, devido a uma maior conscientização, estão muito mais dispostas a denunciar os casos”, avalia a delegada.
Segundo ela, o medo é o principal obstáculo na hora de denunciar o agressor. A maior parte das ocorrências está relacionada ao alcoolismo, ao uso de drogas e a questões financeiras. “Observamos que, quase sempre, a vítima depende financeiramente do marido ou companheiro. Isso interfere, e muito, na decisão de procurar a ajuda policial”, diz Elizabeth.
Instituída para criar mecanismos capazes de coibir a violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha completou cinco anos em 2011. A legislação foi responsável por um aumento acima dos 300% nas prisões de agressores, desde 2006. Para a delegada, a mudança foi fundamental, mas ainda existem falhas que evidenciam a insegurança da mulher. “É necessário criar mecanismos capazes de fiscalizar o agressor. Não basta expedir a medida protetiva, é preciso ter garantias”, acrescenta a servidora estadual.
Na tentativa de fazer valer a ordem judicial, o Estado pretende vigiar, por meio de equipamentos eletrônicos, a presença do agressor. Em 28 de agosto do ano passado, o Hoje em Dia, mostrou, com exclusividade, que está sendo avaliada a possibilidade de se colocar tornozeleira eletrônica nos agressores de mulheres. Na época, o próprio secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, admitiu o uso do equipamento.


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