Ônibus, que transportava professores, se incendiou após bater em um carro que fazia ultrapassagem proibida
KARINA ALVES
karina@otempo.com.br
FOTO: TONINHO XAVIER/ DIVULGAÇÃO
Uma carreta e um caminhão não conseguiram frear e também se envolveram na batida; todos pegaram fogo
A volta de um congresso de professores terminou de forma trágica, na madrugada de ontem, na BR-262, na altura da cidade de Luz, no Centro-Oeste mineiro. Um dos cinco ônibus da caravana se envolveu em um acidente com um Fiat Uno, um caminhão e uma carreta. Três passageiros do ônibus morreram, entre eles duas crianças, de 6 e 9 anos, e 38 ficaram feridos. Outras duas pessoas, que estavam no Uno, também morreram.
O ônibus saiu de Araxá, no Alto Paranaíba, e seguia para Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Próximo a Luz, o coletivo bateu de frente com o carro que fazia uma ultrapassagem proibida e entrou na contramão. Uma carreta e um caminhão que vinham atrás do carro não conseguiram frear e também bateram. Com o impacto, o tanque de combustível do ônibus estourou, provocando um incêndio. Segundo os bombeiros, as chamas se espalharam rapidamente por causa da grande quantidade de malas.
A professora Edilene Maris Bastos, de 49 anos, e o filho dela, Gustavo Bastos, de 9 anos, morreram tentando se soltar do cinto de segurança. Eles foram enterrados ontem à tarde.
Um outro menino, de 6 anos, Luiz Augusto Martins Godinho Oliveira, também ficou preso a um dos bancos e não conseguiu se salvar. Ele será enterrado hoje em Betim. Os pais dele, Luiz Fernando Souza Oliveira, de 32, e Raquel Martins Souza Olivera, de 38, foram retirados por colegas que estavam em outro ônibus. Eles foram transferidos para o Hospital Regional de Betim em estado de choque.
Pavor
O ônibus completamente carbonizado indicava as proporções da tragédia, que deixou o professor Ivanil do Carmo Gomes com as mãos trêmulas e os olhos marejados. "Eu poderia estar lá dentro, não tenho palavras para explicar a sensação, me senti impotente", disse.
Gomes era apenas um em meio aos muitos professores que presenciaram a tragédia. O pânico tomou conta de quem estava no ônibus. Agitados e feridos, eles quebraram janelas para conseguir se salvar e lutavam para se situar em meio à fumaça e ajudar os demais colegas.
"Minha irmã não soube dizer como conseguiu pular a janela para sair. Ela entrou em estado de choque com a situação. Estamos preocupados com o estado emocional dela, que, há seis meses, perdeu um filho afogado", relatou Mara Soares, irmã da professora Arlete Bernardina Soares, que teve queimaduras no rosto e também foi levada para o hospital de Betim, com quadro estável.
O ônibus saiu de Araxá, no Alto Paranaíba, e seguia para Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Próximo a Luz, o coletivo bateu de frente com o carro que fazia uma ultrapassagem proibida e entrou na contramão. Uma carreta e um caminhão que vinham atrás do carro não conseguiram frear e também bateram. Com o impacto, o tanque de combustível do ônibus estourou, provocando um incêndio. Segundo os bombeiros, as chamas se espalharam rapidamente por causa da grande quantidade de malas.
A professora Edilene Maris Bastos, de 49 anos, e o filho dela, Gustavo Bastos, de 9 anos, morreram tentando se soltar do cinto de segurança. Eles foram enterrados ontem à tarde.
Um outro menino, de 6 anos, Luiz Augusto Martins Godinho Oliveira, também ficou preso a um dos bancos e não conseguiu se salvar. Ele será enterrado hoje em Betim. Os pais dele, Luiz Fernando Souza Oliveira, de 32, e Raquel Martins Souza Olivera, de 38, foram retirados por colegas que estavam em outro ônibus. Eles foram transferidos para o Hospital Regional de Betim em estado de choque.
Pavor
O ônibus completamente carbonizado indicava as proporções da tragédia, que deixou o professor Ivanil do Carmo Gomes com as mãos trêmulas e os olhos marejados. "Eu poderia estar lá dentro, não tenho palavras para explicar a sensação, me senti impotente", disse.
Gomes era apenas um em meio aos muitos professores que presenciaram a tragédia. O pânico tomou conta de quem estava no ônibus. Agitados e feridos, eles quebraram janelas para conseguir se salvar e lutavam para se situar em meio à fumaça e ajudar os demais colegas.
"Minha irmã não soube dizer como conseguiu pular a janela para sair. Ela entrou em estado de choque com a situação. Estamos preocupados com o estado emocional dela, que, há seis meses, perdeu um filho afogado", relatou Mara Soares, irmã da professora Arlete Bernardina Soares, que teve queimaduras no rosto e também foi levada para o hospital de Betim, com quadro estável.
FOTO: RONALDO SILVEIRA
Enterro. Os corpos da professora Edilene Bastos, de 49 anos, e o do filho dela, Gustavo, de 9 anos, foram enterrados ontem à tarde, no cemitério Parque da Cachoeira, em Betim. O garoto Luiz Augusto, de 6 anos, será enterrado hoje, no mesmo local.
Sete feridos permaneciam internados
Entre as 38 pessoas que ficaram feridas no acidente, sete permaneciam internadas ontem. Em Luz, o hospital mobilizou toda a estrutura para atender as vítimas. Ainda durante a madrugada, 11 pacientes foram transferidos para o Hospital Regional de Betim e os demais receberam alta. Quatro dos transferidos receberam alta no início da manhã. Ednéia Maris Santos, de 53 anos, e José Tomé dos Santos, de 59, foram transferidos para o Pronto-Socorro do Hospital João XXIII com cerca de 30% dos corpos atingidos por queimaduras de segundo grau. Entre os cinco internados no Hospital Regional, o quadro mais grave era o de Raquel Martins Souza Oliveira, de 38 anos, mãe do garoto de 6 anos que morreu. Além de queimaduras, ela quebrou a bacia e teve uma fratura exposta no tornozelo.
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