RIBEIRÃO DAS NEVES
Criança de 4 anos colocou fogo no colchão; irmão e tia dele morreram
FOTO: CHARLES SILVA DUARTE
Fogo destruiu quarto onde as vítimas dormiam
Sentada
em um banco no quintal de casa, na manhã de ontem, a aposentada
Nivaldina Maria de Jesus Santiago, de 54 anos, olhava desesperançosa a
casa incendiada, no bairro Sevilha B, em Ribeirão das Neves, região
metropolitana de Belo Horizonte. Na noite de anteontem, uma brincadeira
do neto de 4 anos resultou em um incêndio que matou o irmão dele, David
Cristiano de Jesus, de 2, e a tia Keren Apuq de Jesus Santiago, de 11,
filha da aposentada.
Segundo relato da aposentada, Keren dormia com o sobrinho de 2 anos. A criança de 4 anos teria ateado fogo ao colchão brincando com fósforos. "Percebi o que estava acontecendo quando ele saiu correndo para pedir ajuda. Minha filha acordou em chamas pedindo socorro". A mulher tentou controlar o fogo com a ajuda de vizinhos e também chamou os bombeiros, mas os esforços foram em vão.
Tristeza
A tragédia na casa de Nivaldina Santiago mobilizou toda a vizinhança. Pela manhã, amigos da comunidade evangélica que a aposentada faz parte e vizinhos chegavam a todo momento para prestar solidariedade. No momento em que o incêndio ocorreu, Nivaldina estava em casa com a filha e os dois netos.
A família pretende reformar e vender a casa o quanto antes. "Vamos sair desse lugar, isso aqui perdeu a graça, quero só ir embora", comentou uma adolescente de 14 anos, tia de David e irmã de Keren, sentada em uma escada no quintal, no mesmo lugar onde o irmão mais velho dela foi assassinado há cerca de dois anos.
"A morte do meu filho mais velho foi muito chocante e difícil para todos nós superarmos. Desde que ele morreu, a Keren tomava remédios controlados para se manter calma. Agora, acontece essa tragédia", contou a aposentada.
Segundo a família, o menino de 4 anos que presenciou o incêndio entrou em estado de choque e foi levado para a casa da madrinha.
A aposentada contou que pretendia juntar dinheiro para pintar a residência e fazer a festa de aniversário de Keren em junho do próximo ano.
Esmeraldas
No mês passado, um incêndio criminoso matou Adriana Pereira Rodrigues, de 35 anos, e os três filhos dela, de 5, 6 e 12 anos. O concunhado da mulher, Rogério Antônio Tobias, confessou o crime.
Segundo relato da aposentada, Keren dormia com o sobrinho de 2 anos. A criança de 4 anos teria ateado fogo ao colchão brincando com fósforos. "Percebi o que estava acontecendo quando ele saiu correndo para pedir ajuda. Minha filha acordou em chamas pedindo socorro". A mulher tentou controlar o fogo com a ajuda de vizinhos e também chamou os bombeiros, mas os esforços foram em vão.
Tristeza
A tragédia na casa de Nivaldina Santiago mobilizou toda a vizinhança. Pela manhã, amigos da comunidade evangélica que a aposentada faz parte e vizinhos chegavam a todo momento para prestar solidariedade. No momento em que o incêndio ocorreu, Nivaldina estava em casa com a filha e os dois netos.
A família pretende reformar e vender a casa o quanto antes. "Vamos sair desse lugar, isso aqui perdeu a graça, quero só ir embora", comentou uma adolescente de 14 anos, tia de David e irmã de Keren, sentada em uma escada no quintal, no mesmo lugar onde o irmão mais velho dela foi assassinado há cerca de dois anos.
"A morte do meu filho mais velho foi muito chocante e difícil para todos nós superarmos. Desde que ele morreu, a Keren tomava remédios controlados para se manter calma. Agora, acontece essa tragédia", contou a aposentada.
Segundo a família, o menino de 4 anos que presenciou o incêndio entrou em estado de choque e foi levado para a casa da madrinha.
A aposentada contou que pretendia juntar dinheiro para pintar a residência e fazer a festa de aniversário de Keren em junho do próximo ano.
Esmeraldas
No mês passado, um incêndio criminoso matou Adriana Pereira Rodrigues, de 35 anos, e os três filhos dela, de 5, 6 e 12 anos. O concunhado da mulher, Rogério Antônio Tobias, confessou o crime.
FOTO: CHARLES SILVA DUARTE
Nivaldina diz que não suporta mais viver na casa incendiada
MINIENTREVISTA
"Perdi meu filho, e, agora, essa tragédia"
Nivaldina santiagomãe de Keren e avó de Davidson
A senhora estava longe quando o fogo começou?Estava na cozinha fazendo o jantar. Minha filha estava dormindo e eu já tinha dado mamadeira aos meus netos. Não vi que o maior (4 anos) pegou a caixa de fósforos.
Como a senhora percebeu o que estava acontecendo?Vi meu neto correndo para pedir ajuda. Quando entrei no quarto, minha filha estava em chamas e pedindo socorro.
O que a senhora pretende fazer?Não tenho mais nada, preciso de ajuda para arrumar essa casa e vendê-la, pois não posso mais ficar aqui. Primeiro perdi meu filho assassinado aqui e, agora, essa tragédia. A gente não sabe o plano de Deus para a nossa vida, mas é muito difícil.
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