NOTÍCIA DO DIA
Diagnóstico errado de Aids quase provoca tragédia familiar; vítima diz que vai processar hospital pelo equívoco
FOTO: LEO FONTES
Caminhoneiro Nelson Luiz Martins mostra exame de sangue da mulher com resultado positivo para o vírus HIV
Uma
grávida de 9 meses, prestes a entrar em trabalho de parto, levou um
susto, no último dia 13, após ser diagnosticada como sendo portadora do
vírus HIV em exame realizado no Hospital Risoleta Tolentino Neves, na
região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Após uma transferência de
emergência para o Hospital das Clínicas, para que o parto fosse
realizado, outros dois exames foram feitos e deram resultado negativo
para o vírus da Aids.
Como se não bastasse o susto, a auxiliar de serviços gerais Regiane Aparecida Caetano Martins, de 33 anos, denuncia que a médica que a atendeu no primeiro hospital não teve uma conduta profissional correta ao informar o diagnóstico. Ela conta que foi vítima de discriminação. A ginecologista teria informado que o marido dela integrava um grupo de risco por ele ser caminhoneiro. Regiane Martins afirmou que vai processar o hospital.
O caminhoneiro Nelson Luiz Martins, de 34 anos, marido de Regiane, se diz revoltado com a situação. Segundo ele, a mulher ficou transtornada com a notícia e chegou a pensar em se separar dele. Ainda muito abalada e passando por um quadro de depressão, Regiane contou que não se conforma com a atitude da médica. "Ela chegou ao quarto e, primeiramente, me perguntou se eu era casada. Logo depois me perguntou a profissão do meu marido. Quando eu disse que ele era caminhoneiro, ela chegou a dizer que estava explicado o resultado do exame", contou Regiane.
Ela disse que ficou em pânico e pensou em suicídio. "Não sabia o que fazer naquela hora e tentei me jogar pela janela do quarto em que estava". Segundo Regiane, mesmo vendo que ela estava transtornada, a médica teria lhe informado que ela precisava ser transferida para outro hospital para receber o coquetel de medicamentos contra a Aids e passar por um parto cesariano para que o bebê não fosse infectado pelo vírus. "Ela não teve nenhuma preocupação com os meus sentimentos naquele momento difícil".
No Hospital das Clínicas, as notícias foram melhores. "O meu filho nasceu saudável, de parto normal e sem nenhuma doença", disse Regiane.
O médico coordenador do Hospital Risoleta Neves, Henrique Vitor Leite, nega a versão da paciente. Segundo ele, a médica precisou tomar uma decisão rápida e recomendada em casos de emergência após o exame de HIV dar positivo. Ainda segundo Leite, a médica não teve uma conduta antiprofissional.
Como se não bastasse o susto, a auxiliar de serviços gerais Regiane Aparecida Caetano Martins, de 33 anos, denuncia que a médica que a atendeu no primeiro hospital não teve uma conduta profissional correta ao informar o diagnóstico. Ela conta que foi vítima de discriminação. A ginecologista teria informado que o marido dela integrava um grupo de risco por ele ser caminhoneiro. Regiane Martins afirmou que vai processar o hospital.
O caminhoneiro Nelson Luiz Martins, de 34 anos, marido de Regiane, se diz revoltado com a situação. Segundo ele, a mulher ficou transtornada com a notícia e chegou a pensar em se separar dele. Ainda muito abalada e passando por um quadro de depressão, Regiane contou que não se conforma com a atitude da médica. "Ela chegou ao quarto e, primeiramente, me perguntou se eu era casada. Logo depois me perguntou a profissão do meu marido. Quando eu disse que ele era caminhoneiro, ela chegou a dizer que estava explicado o resultado do exame", contou Regiane.
Ela disse que ficou em pânico e pensou em suicídio. "Não sabia o que fazer naquela hora e tentei me jogar pela janela do quarto em que estava". Segundo Regiane, mesmo vendo que ela estava transtornada, a médica teria lhe informado que ela precisava ser transferida para outro hospital para receber o coquetel de medicamentos contra a Aids e passar por um parto cesariano para que o bebê não fosse infectado pelo vírus. "Ela não teve nenhuma preocupação com os meus sentimentos naquele momento difícil".
No Hospital das Clínicas, as notícias foram melhores. "O meu filho nasceu saudável, de parto normal e sem nenhuma doença", disse Regiane.
O médico coordenador do Hospital Risoleta Neves, Henrique Vitor Leite, nega a versão da paciente. Segundo ele, a médica precisou tomar uma decisão rápida e recomendada em casos de emergência após o exame de HIV dar positivo. Ainda segundo Leite, a médica não teve uma conduta antiprofissional.
MINIENTREVISTA
´Ela (a médica) quase acabou comigo´
Regiane Aparecida Caetano Martins
33 anos
A senhora já havia sido diagnosticada pelo vírus HIV durante o pré-natal?Não. Fiz todos os exames e acompanhamentos médicos e não havia sido diagnosticada.
Por qual procedimento a senhora passou ao chegar ao hospital? Assim que cheguei à unidade, fui atendida pela médica e ela me pediu exames de sangue. Em seguida, fiquei aguardando até receber a notícia da ginecologista.
A senhora estava sozinha ao receber o diagnóstico? Sim. O meu marido e a minha cunhada haviam saído do quarto para irem fazer um lanche quando a médica veio falar comigo.
O que a senhora pensou na hora em que ela falou sobre o teste de HIV ter dado positivo?
Fiquei em pânico. E só pensei em morrer. Cheguei a ficar com raiva do meu marido e nem queria vê-lo. Só conseguia pensar em acabar com a minha vida.
No Hospital das Clínicas, quando novos exames feitos deram negativo, o que a senhora pensou?Fiquei aliviada, mas ainda muito tensa. Ela (a médica) quase acabou comigo. Ela questionou a minha vida e a do meu parceiro como se ele fosse um irresponsável. (JA)
33 anos
A senhora já havia sido diagnosticada pelo vírus HIV durante o pré-natal?Não. Fiz todos os exames e acompanhamentos médicos e não havia sido diagnosticada.
Por qual procedimento a senhora passou ao chegar ao hospital? Assim que cheguei à unidade, fui atendida pela médica e ela me pediu exames de sangue. Em seguida, fiquei aguardando até receber a notícia da ginecologista.
A senhora estava sozinha ao receber o diagnóstico? Sim. O meu marido e a minha cunhada haviam saído do quarto para irem fazer um lanche quando a médica veio falar comigo.
O que a senhora pensou na hora em que ela falou sobre o teste de HIV ter dado positivo?
Fiquei em pânico. E só pensei em morrer. Cheguei a ficar com raiva do meu marido e nem queria vê-lo. Só conseguia pensar em acabar com a minha vida.
No Hospital das Clínicas, quando novos exames feitos deram negativo, o que a senhora pensou?Fiquei aliviada, mas ainda muito tensa. Ela (a médica) quase acabou comigo. Ela questionou a minha vida e a do meu parceiro como se ele fosse um irresponsável. (JA)
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