Jovem foi rendida pelo suspeito, que também seria estudante da instituição, dentro do banheiro feminino, no subsolo da faculdade
Reprodução
Alunos postaram vídeo mostrando o suspeito sendo escoltado pela Polícia Militar
Ela contou à Rede Record como tudo aconteceu: "Eu entrei no banheiro e percebi que tinha alguém no box do lado, que estava de porta fechada, mas eu achei que fosse uma menina. Usei o banheiro normalmente e sai para lavar a mao. Quando eu sai, a pessoa voltou para dentro do box. Quando eu terminei de lavar a mão, olhei no espelho e me virei para sair. Ele me atacou por trás, me puxou pelo cabelo e pelo ombro e me jogou no chão. Eu tentei gritar, mas ele subiu em cima de mim e tampou minha boca, meu grito saiu abafado. A sorte é que eu cai ao lado da porta e consegui bater a mão na porta da sala ao lado e o pessoal veio e me socorreu".
"Ele fez tudo de caso pensado", disse um dos alunos que entraram no banheiro para salvar a jovem e pediu para não ser identificado. "Ela estava sangrando e tinha um monte de cabelo no chão", contou o universitário que demonstrava sentimento de revolta. O jovem contou também que a câmera instalada do lado de fora do banheiro estava quebrada.
O suspeito do crime foi identificado como Leonardo de Castro Alvares Nogueira, 20 anos, conforme as primeiras informações e também seria estudante da instituição, do curso de Administração. "Disseram que ele estuda aqui, mas eu nunca o vi. Ainda bem que chegamos na hora, se não o pior teria acontecido. Só não entendo como uma coisa dessas acontece dentro de uma faculdade. Isso me deixa triste", revelou outro aluno.
Alunos da Fumec se aglomeraram em frente ao prédio da Face após o ataque (Foto pedro Villalobos)
Alunas da Fumec, que não se identificaram, contaram à Rede Record que não há segurança dentro do campus e que qualquer um consegue entrar nas três unidades. Ex-alunos confirmaram a denúncia e explicaram que para entrar na Univesidade basta apresentar um documento com foto e a catraca é liberada, com acesso a todas as dependências. Não é exigida comprovação de que o visitante seja estudante ou funcionário da instituição.
Várias viaturas da PM foram enviadas ao local para impedir que o suspeito fosse linchado (Foto Pedro Villalobos)
Após a tentativa de estupro, um grupo de alunos orientados por coordenadores de cursos, levaram o suspeito até uma sala vazia na diretoria, onde aguardaram a chegada da Polícia Militar. Entretanto, a informação circulou na instituição e os alunos, revoltados, queriam espancar o acusado, que teve de ser escoltado por policiais até uma viatura. Cerca de 20 militares foram deslocados para a instituição para conter estudantes e professores que ameaçavam linchar o suspeito.
Por conta da agressão, parte das aulas do turno da noite foram interrompidas na faculdade. Conforme informações da sala de operações do 22º Batalhão da PM, todas as partes envolvidas foram encaminhadas para a Delegacia de Mulheres, no Barro Preto, para esclarecimentos. Em seguida, a estudante foi levada para o Instituto Médico-Legal (IML), para ser submetida a exame de corpo de delito.
As aulas foram suspensas após a tentativa de estupro na Fumec (Foto Pedro Villalobos)
A Fumec, por meio de sua assessoria de imprensa, publicou uma nota de esclarecimento. Confira na íntegra: "A Fumec informa que tomou todas as providências cabíveis e prestou assistência à aluna. O caso foi encaminhado para a polícia para apuração e resolução dos fatos. A Fumec afirma ainda que, internamente, adotará as medidas necessárias."
Após a confusão, um aluno da instituição postou um vídeo mostrando o suspeito sendo escoltado por policiais militares até uma viatura, na Rua Cobre.
Veja as imagens:
(*) Com Álvaro Castro e Rede Record
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