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terça-feira, 29 de novembro de 2011


Dois suspeitos já foram presos em Maputo, um deles segurança do engenheiro morto; enterro será hoje no Cemitério Parque da Colina


Renato Cobucci/Secom MG
Marcelo Elísio Andrade
Em abril deste ano, Marcelo Elísio foi homenageado pelo Governo de Minas em cerimônia oficial
O corpo do superintendente do Grupo Andrade Gutierrez, Marcelo Elísio de Andrade, de 57 anos, morto em Maputo, capital de Moçambique, na África, está sendo velado desde as 8 horas desta terça-feira (29) na Funerária House, na Avenida Afonso Pena, 2158, Bairro Funcionários.

O enterro será também nesta terça, no Cemitério Parque da Colina, Bairro Gameleira, Região Oeste de BH, mas o horário ainda não foi definido. O velório e o sepultamento serão cerimônias restritas à família e amigos, segundo a assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez.

O governador de Minas Antonio Anastasia e o vice Alberto Pinto Coelho estiveram no velório pela manhã. Alberto Pinto Coelho, descartou, inicialmente, o envio de pessoal da perícia mineira para investigar a morte na África, em respeito às relações diplomáticas. Ele espera também que as autoridades em Moçambique tomem  as medidas corretas para que a família de Marcelo Elísio tenha um conforto.

Segundo o cônsul de Moçambique, Deusdete Januário, a polícia local só fala a cada oito dias, em plenário. Por ser membro do governo, ele teve acesso aos laudos e fotos do crime e confirmou que foi uma morte violenta e que Marcelo não merecia isso. Disse ainda que o presidente de Moçambique mandou lacrar a casa do engenheiro da Andrade Gutierrez logo após o crime para preservar o local, caso sejam necessárias novas pericias.

Ainda de acordo com o cônsul, os dois suspeitos presos no final de semana  estão sendo interrogados e assim que houver novas informações sobre o caso ele irá informar às autoridades mineiras e á imprensa. "O consulado do governo de Moçambique tem dado todo o apoio à família e que Marcelo era uma pessoa muito conhecida. A morte dele chocou o pais", afirmou e que o país.


Na tarde de segunda-feira (28), o cônsul de Moçambique em Belo Horizonte, Deusdete Januário, confirmou a prisão, em Maputo, de dois suspeitos de cometer o crime. Um deles seria o segurança particular da vítima. A ele pertenceria o quepe sujo de sangue encontrado ao lado do corpo de Marcelo. O segundo suspeito seria um amigo do segurança.

O segurança foi preso no sábado (26) e teria confessado o crime, denunciando o comparsa, preso no domingo (27). Segundo as primeiras informações, o engenheiro teria sido morto com requintes de crueldade. A polícia africana trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).

Legista André Luiz Roquetti
O legista André Luiz Roquetti chefiou a autópsia no corpo do engenheiro e não quis dar detalhes (Foto Lucas Prates)


O corpo de Marcelo Elísio chegou na manhã de segunda-feira a BH em voo fretado e foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) da Capital, onde foi necropsiado por uma equipe comandada pelo médico André Luiz Roquette, chefe da Antropologia Forence. O cônsul de Moçambique, Deusdete Januário, e o diretor do IML, José Mauro de Morais, acompanharam os trabalhos. O laudo da morte do engenheiro deverá sair em dez dias e será encaminhado para a Delegacia de Crimes Contra a Vida.


Marcelo Elísio chegou na sexta-feira (26) à noite em sua casa, na cidade de Maputo, acompanhado por dois homens, um deles o segurança. Na manhã de sábado, foi encontrado morto na cozinha. Um boné com manchas de sangue foi apreendido pela polícia. Posteriormente, foi confirmado que ele pertenceria ao segurança.

O engenheiro estava há dois anos no país e trabalhava nas obras de ampliação do Aeroporto de Nacala, no Norte de Moçambique. Ele dirigia a Zagope, empresa da Andrade Gutierrez que atua na África do Sul em obras de infraestrutura. A companhia trabalha neste mesmo ramo na Europa, Ásia e Oriente Médio. Marcelo Elísio deixa a esposa e uma filha (de seu primeiro casamento, que mora em Belo Horizonte).

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