Grupo de moradores de rua é vítima de atirador no bairro Santa Branca, na região da Pampulha; um morreu na hora
Publicado no Super Notícia em 08/11/2011
FOTO: ALEX DE JESUS
Ontem pela manhã, um quarteirão inteiro da avenida Martinica estava tomado por manchas de sangue dos feridos
A
madrugada violenta de ontem no bairro Santa Branca, região da Pampulha,
em Belo Horizonte, é reflexo da falta de segurança em uma região tomada
por usuários de crack. Em um intervalo de apenas quatro horas, uma
pessoa foi morta a tiros e outras cinco foram baleadas. O primeiro crime
aconteceu na avenida Martinica, a cerca de 300 metros da delegacia de
plantão da área.
A presença de policiais na região é confirmada por quem vive ou trabalha no bairro e a falta de solução para a criminalidade é admitida pela própria polícia. "Estou aqui há dois anos e meio e dá um sentimento de impotência. Fazemos operações, prendemos pessoas, mas sempre acabam aparecendo outras. A sensação que dá é que estamos constantemente enxugando gelo", afirmou o investigador Cláudio Oliveira.
ExecuçãoDe acordo com informações que os sobreviventes repassaram aos policiais, por volta das 2h40, um Palio Weekend branco - que seria um táxi - passou em baixa velocidade pela avenida Martinica até chegar próximo a um grupo de cinco moradores de rua que estava na calçada. Um ocupante do veículo chamou por uma mulher identificada pela polícia apenas como Roberta e lhe acertou um tiro no rosto. A mulher morreu na hora.
Os outros quatro moradores de rua tentaram fugir, mas foram baleados.
Da delegacia, que fica no quarteirão de baixo, os policiais escutaram os disparos e foram até o local, mas os suspeitos já haviam fugido.
Um dos homens baleados pelos bandidos fugiu da polícia. Os outros três foram encaminhados ao Pronto-Socorro do Hospital Risoleta Tolentino Neves, mas não correm risco de morrer.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que a mulher assassinada era traficante de drogas, mas estaria devendo a fornecedores.
TravestiNo dia 7 de setembro deste ano, um travesti que fazia programas no bairro Santa Branca foi morto a facadas dentro de um motel. O suspeito de cometer o crime fugiu do local à pé.
A presença de policiais na região é confirmada por quem vive ou trabalha no bairro e a falta de solução para a criminalidade é admitida pela própria polícia. "Estou aqui há dois anos e meio e dá um sentimento de impotência. Fazemos operações, prendemos pessoas, mas sempre acabam aparecendo outras. A sensação que dá é que estamos constantemente enxugando gelo", afirmou o investigador Cláudio Oliveira.
ExecuçãoDe acordo com informações que os sobreviventes repassaram aos policiais, por volta das 2h40, um Palio Weekend branco - que seria um táxi - passou em baixa velocidade pela avenida Martinica até chegar próximo a um grupo de cinco moradores de rua que estava na calçada. Um ocupante do veículo chamou por uma mulher identificada pela polícia apenas como Roberta e lhe acertou um tiro no rosto. A mulher morreu na hora.
Os outros quatro moradores de rua tentaram fugir, mas foram baleados.
Da delegacia, que fica no quarteirão de baixo, os policiais escutaram os disparos e foram até o local, mas os suspeitos já haviam fugido.
Um dos homens baleados pelos bandidos fugiu da polícia. Os outros três foram encaminhados ao Pronto-Socorro do Hospital Risoleta Tolentino Neves, mas não correm risco de morrer.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que a mulher assassinada era traficante de drogas, mas estaria devendo a fornecedores.
TravestiNo dia 7 de setembro deste ano, um travesti que fazia programas no bairro Santa Branca foi morto a facadas dentro de um motel. O suspeito de cometer o crime fugiu do local à pé.
PM culpa a legislação
O
major Westerley Martins, comandante da 15ª Companhia do 49º Batalhão da
PM, responsável pelo policiamento na região do bairro Santa Branca,
relatou as dificuldades de se combater a criminalidade na área. "A
região é tomada por viciados crônicos em crack, muita gente se prostitui
inclusive para alimentar o vício. A procura é grande, então sempre
aparece gente para alimentar o uso de drogas. Como a nossa legislação
trata usuário como doente, e não como criminoso, acaba que a gente
prende hoje, mas amanhã eles voltam para a rua". Um comerciante do
bairro reforçou a análise do policial. "Tem batida policial aqui direto.
Eles levam uns presos, mas sempre aparecem novas pessoas. Na rua você
vê gente usando e vendendo crack dia e noite". Uma aposentada soube pela
manhã do que aconteceu, mas não se mostrou surpresa. "Não vi o que
aconteceu, mas escutei os tiros. Não adianta, a rua fica lotada de
viciados, sempre foi assim". (KA)
Mulher é atingida na orelha
No
fim da madrugada de ontem, uma suposta garota de programa, de 35 anos,
foi vítima de um crime passional em frente a um motel na rua Teles de
Menezes, também no bairro Santa Branca.
A Polícia Militar recebeu informações de que o suspeito de cometer o crime estava mantendo um relacionamento com a vítima. Por volta das 5h, os dois tiveram uma discussão que foi encerrada com um tiro na região da orelha da vítima. O suspeito, identificado apenas como Thiago, fugiu em seguida. A mulher se escondeu do suspeito dentro do motel e foi levada para o Hospital Risoleta Tolentino Neves.
"Vamos esperar que ela melhore para apurar melhor o que aconteceu", informou o investigador Cláudio Oliveira. Imagens do circuito interno de segurança do motel foram solicitadas para análise. (KA)
A Polícia Militar recebeu informações de que o suspeito de cometer o crime estava mantendo um relacionamento com a vítima. Por volta das 5h, os dois tiveram uma discussão que foi encerrada com um tiro na região da orelha da vítima. O suspeito, identificado apenas como Thiago, fugiu em seguida. A mulher se escondeu do suspeito dentro do motel e foi levada para o Hospital Risoleta Tolentino Neves.
"Vamos esperar que ela melhore para apurar melhor o que aconteceu", informou o investigador Cláudio Oliveira. Imagens do circuito interno de segurança do motel foram solicitadas para análise. (KA)
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