Dupla,
que encabeça lista dos bandidos mais procurados de Minas, desembarcou
no Aeroporto da Pampulha no final da noite de quinta
ANGELO PETTINATI/O TEMPO/AE
Quen-quen desembarcou no Aeroporto da Pampulha escoltado pela Polícia Civil mineira
Os dois criminosos que encabeçam a lista dos bandidos mais procurados de Minas Gerais, Bruno Rodrigues de Souza, o Quen-Quen, e Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, o Pezão, desembarcaram por volta das 23h15 da noite desta quinta-feira (6), no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Os acusados foram capturados no litoral paulista após a divulgação de cartazes do Programa Procura-se, lançado pela Seds na última terça-feira.
A dupla de criminosos está sendo apresentada na manhã desta sexta-feira (7), no Departamento de Investigações (DI). A condução dos suspeitos até contou com um grande esquema de escolta, com um efetivo de 48 policiais e 12 viaturas. Um fato curioso na ação foi a presença de um policial militar que teria sido baleado nas costas, em agosto, pelo próprio Quem-Quem na favela Sovaco das Cobras, no Bairro Califórnia, Noroeste da capital.
Após a chegada dos suspeitos no DI e registrado os mandados de prisão, foram encaminhados para o Instituto Médico legal (IML), onde foram submetidos ao exame de Corpo de Delito. Em seguida, foram levados para o Centro de Remanejamento (Ceresp) São Cristóvão, na Região Nordeste, onde passaram a noite.
A autorização da Justiça paulista para transferência da dupla só foi expedida na tarde desta quinta-feira, porque "Pezão" foi flagrado com arma. "Quen-Quen" e "Pezão" foram detidos em cumprimento a mandado de prisão durante operações nas cidades de Santos e Praia Grande, na noite de terça-feira (4) e na manhã de quarta-feira (5). Genilson Santana Dias também foi autuado em flagrante. Mas como a Polícia Civil mineira não tinha mandado de prisão contra ele, o suspeito continuará em São Paulo.
Pezão (bermuda branca), junto com Quen-Quen, desembarcou em BH escoltado por policiais civis (Foto Angelo Pettinati/O Tempo/AE)
Os suspeitos tiveram suas fotos estampadas em cartazes, que foram afixados nas rodoviárias, aeroportos e em outros pontos estratégicos de Belo Horizonte. Segundo a polícia, os dois seriam braços mineiros do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa paulista. Eles são acusados de homicídio, tráfico de drogas e formação de quadrilha.
"Quen-Quen" estaria envolvido em um tiroteio na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Guarani, Região Nordeste de BH, em 26 de agosto. Na ocorrência, um agente penitenciário morreu e um policial civil ficou ferido.
Além deles, outros dois bandidos que também estavam entre os mais procurados pela polícia mineira foram presos nos dois últimos dias.
(*) Com Renata Evangelista
Histórico
Quem-Quem foi indiciado pela morte de um agente penitenciário e estava foragido da Penitenciária de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, onde é acusado de planejar a morte de um juiz.
Sem resistir
A
delegada Alessandra Wilke, que preside o inquérito sobre a quadrilha,
disse ontem que Quem-Quem não resistiu à ordem de prisão. Ele estava
desarmado e acompanhado da namorada, de 16 anos, e do filho, de 4 meses.
Armas serão analisadas
As
três armas (fuzil 556, pistola 9 mm e revólver calibre 38) encontradas
com Ângelo Gonçalves Filho, o Pezão, no apartamento onde foi preso em
Santos (SP) passarão por um exame para determinar se foram as mesmas
usadas para matar oito integrantes de sua quadrilha. A microcomparação
balística vai avaliar, também, as munições encontradas. (RV)
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