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sexta-feira, 21 de outubro de 2011


José Carlos Coutinho está preso no exterior sob suspeita de matar o patrão e a família dele


Leonardo Morais/Arquivo
José Carlos Coutinho
O julgamento do mineiro está previsto para o início do ano que vem
A descoberta dos restos mortais do menino Christopher Szczepanik, de 7 anos, filho do casal de brasileiros Vanderlei e Jaqueline Klein Szczepanik, desaparecido desde dezembro de 2009, complica ainda mais a situação do mineiro José Carlos Oliveira Coutinho, de 37 anos.

Coutinho está preso em Omaha, no Estado de Nebraska, nos Estados Unidos, sob suspeita de participar do triplo homicídio com a ajuda de outros dois mineiros da região de Ipaba, no Leste de Minas. Ele corre o risco de ir para o corredor da morte. O julgamento deve acontecer no início do ano que vem.

O exame de DNA e o resultado da análise da arcada dentária do menino ficaram prontos no início da semana. “Quero justiça. Foi um crime calculado e brutal”, diz a brasileira Tatiane Costa Klein, de 28 anos, filha de Jaqueline e meia-irmã de Christopher. Segundo ela, o encontro dos restos mortais trouxe tristeza, mas também alívio porque, finalmente, a Justiça terá provas materiais que poderão contribuir para a punição dos réus, se condenados.

As buscas pelos outros dois corpos continuam. “E agora, com mais força”, diz a mulher, que mora nos Estados Unidos desde fevereiro do ano passado para acompanhar as investigações. “Minha vida mudou completamente. Deixei um filho no Brasil e espero que esse caso termine logo”.

Informações livram suspeito de pena de morte

Além de Coutinho, teria participado dos assassinatos Valdeir Gonçalves Santos, de 30 anos, que no fim de agosto confirmou o envolvimento no crime em troca da garantia de não ser condenado à morte. Ele deve receber uma sentença de 20 anos de prisão.

Valdeir afirmou em depoimento que a motivação do crime foi um desentendimento salarial entre José Carlos e o patrão, Vanderlei. “Foi ele quem indicou para a polícia onde estava o corpo do Christopher”, diz Tatiane.

O terceiro brasileiro suspeito, Elias Lourenço Batista, de 30 anos, também natural de Ipaba, chegou a ser preso pela polícia americana na época do crime, mas por falta de provas acabou deportado para o Brasil. No entanto, a família das vítimas, nos EUA, afirma que o governo americano prepara a extradição de Elias.

O triplo homicídio teria acontecido em 17 de dezembro de 2009. Durante a investigação, o depoimento das mulheres de Coutinho e Valdeir foram decisivos para incriminar os brasileiros. Elas contaram que os maridos torturaram e esquartejaram Vanderlei, colocaram as partes do corpo em um saco com pedras e jogaram tudo no Rio Missouri.


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