POLIOMIELITE
Ministério da Saúde investiga caso ocorrido em Pouso Alegre
FOTO: ARQUIVO DE FAMÍLIA
Com 1 ano e 4 meses, criança está sendo submetida à fisioterapia e tem melhorado
O
Ministério da Saúde informou ontem que pode ter dificuldade em
confirmar a causa da paralisia de uma criança em Pouso Alegre, no Sul de
Minas, supostamente infectada pelo vírus da poliomielite, após tomar a
vacina contra a doença. O motivo, de acordo com o órgão, foi a demora da
secretaria de Saúde do município no atendimento ao menor e na
notificação do caso em Brasília, ocorrida somente no último dia 26 de
agosto, cinco meses após o órgão municipal tomar conhecimento do caso.
Na literatura médica, esse tipo de efeito só acontece uma vez a cada 3,2
milhões de doses aplicadas.
A saga da mãe da criança, a dona de casa Sidinea Branco Teixeira, de 38 anos, começou em novembro do ano passado, quando o filho, na época com 6 meses, apresentou febre e prostração, uma semana após tomar a terceira dose da vacina contra a pólio.
A dona de casa procurou atendimento em um posto de saúde e nada foi constatado. Quinze dias depois, a mãe da criança notou a diminuição dos movimentos das pernas do filho. O bebê foi levado novamente até a unidade de saúde. Lá, diz Sidinea, recebeu a indicação para procurar um neuropediatra. Apenas em março deste ano, a mãe conseguiu que o menino fosse atendido. Só então, foi dado o diagnóstico de paralisia flácida aguda. "Fiquei dois meses esperando a consulta porque não tinha vaga com o especialista", afirmou a dona de casa. A criança está fazendo fisioterapia, de segunda a sexta, e tem apresentado melhora, de acordo com a mãe, mas médicos afirmam que chance de recuperação completa é nula.
O Ministério da Saúde informou que os exames para descobrir as causas da doença deveriam ter sido feitos imediatamente após a apresentação dos sintomas. O órgão informou que está investigando o caso. O resultado não deverá ficar pronto antes de 90 dias.
Notificação
A SES informou que foi notificada apenas em 9 de agosto passado, mais de dois meses após a data informada pela prefeitura. De acordo com a SES, o caso está sendo investigado, em Pouso Alegre e na capital.
A saga da mãe da criança, a dona de casa Sidinea Branco Teixeira, de 38 anos, começou em novembro do ano passado, quando o filho, na época com 6 meses, apresentou febre e prostração, uma semana após tomar a terceira dose da vacina contra a pólio.
A dona de casa procurou atendimento em um posto de saúde e nada foi constatado. Quinze dias depois, a mãe da criança notou a diminuição dos movimentos das pernas do filho. O bebê foi levado novamente até a unidade de saúde. Lá, diz Sidinea, recebeu a indicação para procurar um neuropediatra. Apenas em março deste ano, a mãe conseguiu que o menino fosse atendido. Só então, foi dado o diagnóstico de paralisia flácida aguda. "Fiquei dois meses esperando a consulta porque não tinha vaga com o especialista", afirmou a dona de casa. A criança está fazendo fisioterapia, de segunda a sexta, e tem apresentado melhora, de acordo com a mãe, mas médicos afirmam que chance de recuperação completa é nula.
O Ministério da Saúde informou que os exames para descobrir as causas da doença deveriam ter sido feitos imediatamente após a apresentação dos sintomas. O órgão informou que está investigando o caso. O resultado não deverá ficar pronto antes de 90 dias.
Notificação
A SES informou que foi notificada apenas em 9 de agosto passado, mais de dois meses após a data informada pela prefeitura. De acordo com a SES, o caso está sendo investigado, em Pouso Alegre e na capital.
MINIENTREVISTA
"É muito doloroso ver meu filho paralisado"
Sidinea Teixeiramãe da criança
Como a senhora descobriu a doença do seu filho?Ele tomou a terceira dose da vacina no fim de outubro do ano passado, quando tinha seis meses. Uma semana depois, teve febre. Depois de uns 15 dias, percebi que ele estava com as pernas moles. Como era muito novo, pensei que ia firmar novamente, nem imaginei que fosse algo relacionado à vacina.
Como a senhora está lidando com essa situação? É muito doloroso ver meu filho paralisado, mas não acho que houve erro de alguém. Criei meus outros dois filhos, eles tomaram todas as vacinas e não tiveram nada. Aconteceu porque tinha que acontecer. (RR)
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