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sexta-feira, 29 de julho de 2011




Caçada ao Caboclo D´água está marcada para domingo



Ilustração do Caboclo D´água, que seria mistura de galinha, lagartixa e macaco

Ilustração do Caboclo D´água, que seria mistura de galinha, lagartixa e macaco
Binóculos, lanternas, GPS, corda e um aparelho que emite ondas sonoras com efeito paralisante. Essas são as armas que serão usadas neste domingo durante uma grande caçada ao Caboclo D´Água. O monstro - mistura de galinha, lagartixa e macaco - tem tirado o sono dos moradores de Barra Longa, na Zona da Mata. Cerca de 50 pessoas devem participar das buscas à criatura misteriosa. Quem achar o bicho ou conseguir tirar uma foto dele vai levar um prêmio de R$ 10 mil.

"É claro que as imagens serão analisadas por uma comissão para constatarmos a autenticidade, descartando a possibilidade de fraude", explica o responsável pelo pagamento da recompensa, o professor Milton Brigolini Neme, de 50 anos, que é presidente da Associação dos Caçadores de Assombração de Mariana.

De acordo com o professor, a caçada vem sendo planejada há cerca de um mês, como forma de colocar um fim aos ataques que o bicho estaria praticando contra os animais das propriedades que ficam ao longo do rio que corta a cidade. "Justamente por isso, vamos percorrer as margens do rio. A ideia é cercar o Caboclo D´Água não dando chance para ele escapar", acrescenta Brigolini.

Um dos organizadores da caçada é o jornalista Leandro Henrique dos Santos. Segundo ele, às 8h30 de domingo, saíra um ônibus de Mariana, levando 25 participantes da caçada. De lá, o veículo passa em Padre Viegas, onde embarca Marcos Frei com a esposa. Ele é o inventor de um aparelho que emite ondas sonoras, uma espécie de ultrassom que causa paralisia e pode até hipnotizar o monstro. A arma secreta é guardada a sete chaves e será mostrada apenas no dia da caçada.

Além da arma de Marcos Frei, os caçadores vão contar com o porrete do motoqueiro Pedro Paulo Severino, de 42 anos. "Não quero machucar o Caboclo, mas não posso ir até ele de mãos abanando. A ideia é tirar a foto e ganhar o dinheiro. Depois, posso capturar o animal". Ele acrescenta que também não tem medo da criatura. "No ano passado voltava do trabalho quando encontrei um lobisomem. Era um bicho peludo e com garras grandes. Quando o vi, cheguei a cair da moto, mas ele se assustou e fugiu", lembra. Além das pessoas que vão de ônibus, algumas moças da cidade vizinha de Diogo Vasconcelos vão andar 30 km a cavalo para Barra Longa para participar da caçada

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