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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Direitos Humanos vai pedir afastamento de comandante da PM



A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai pedir o afastamento do comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Renato Vieira de Souza. Em visita nesta segunda-feira (12/9/11) ao ouvidor de Polícia do Estado, Paulo Vaz Alkmin, o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), e o deputado Rogério Correia (PT) informaram que o coronel se recusou a apurar denúncia de constrangimento ilegal que sindicalistas ligados à Educação estariam sofrendo nas proximidades da sede do sindicato da categoria, supostamente praticado por integrantes do serviço de inteligência da PMMG..
De acordo com Rogério Correia, no último dia 6 um veículo suspeito foi identificado próximo à entidade. Ao ser abordado pelo deputado, seu motorista se recusou a se identificar e abandonou o local. Após pedir por duas vezes, sem sucesso, a presença de uma viatura policial para registrar a ocorrência, o parlamentar conta que ligou diretamente para o coronel Renato Vieira, solicitando providências. Porém, segundo o deputado, o militar também negou o pedido, com a justificativa de que não queria criar um fato político. Ao consultar, no site do Detran/MG, a placa desse carro e outros considerados suspeitos, a informação que aparece é "veículo de consulta restrita", o que levou o deputado a acreditar que se trata de um veículo pertencente à Polícia Militar.
Após a divulgação do episódio na mídia, a Corregedoria da Polícia Militar determinou, no dia 9, a abertura de um inquérito policial militar para apurar os fatos. De acordo com ofício enviado pelo chefe do Estado Maior, coronel Márcio Martins Sant'Ana, o trabalho será acompanhado por um membro do Ministério Público Estadual. Para o deputado Durval Ângelo, o representante do MP não poderá ser outro senão o promotor Rodrigo Filgueira de Oliveira, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAO-DH).
Os deputados disseram que perseguições e ameaças a dirigentes sindicais, estudantes e parlamentares, corriqueiras durante a ditadura, são inaceitáveis nos dias de hoje. "Não há como transigir e retroceder na consolidação da democracia que conquistamos", afirma Rogério Correia.
Após a visita ao ouvidor de Polícia, os deputados foram até a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, onde cerca de 40 professores estaduais se acorrentaram para chamar a atenção da população sobre a greve da categoria, que já dura mais de três meses.

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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