Vizinhos queimam pai que abusava da filha
Homem que há três anos estuprava a filha de 14 anos foi espancado e teve 80% do corpo atingido pelo fogo
FOTO: RODRIGO CLEMENTE - 21.3.2011
Acusado de abusar da filha foi internado no Hospital João XXIII, na capital, onde passou por cirurgia
O caso chegou ao conhecimento dos vizinhos da família. Indignados, eles resolveram fazer justiça com as próprias mãos. Na noite de anteontem, o pai da adolescente, o ajudante de caminhoneiro Valdir Vieira Damasceno, de 51 anos, voltava do trabalho para casa e acabou espancando e ainda teve 80% do corpo queimado.
Damasceno foi socorrido e levado para o pronto-socorro do Hospital João XXIII, onde passou por uma cirurgia na manhã de ontem.
Os agressores já haviam se dispersado quando a polícia chegou e não foram identificados. "Estava em casa quando escutei um barulho. Saí na rua e vi que ele (Valdir ) estava queimando. Ele mereceu porque praticou uma atrocidade com aquela garota", disse uma vizinha, que preferiu não se identificar.
Abusos
A mãe da adolescente sofre de depressão, faz tratamento em um centro psicossocial e constantemente fica sob efeito de medicamentos. Ela alega que não presenciou o que acontecia com a filha. "É muito triste, fiquei muito abalada com essa situação", disse a mulher de 35 anos.
Apesar do drama vivido, a adolescente contou como tudo começou. "Eu tinha 10 anos quando ele me chamou para o quarto, me colocou no colou e passou a mão em mim. Quando completei 11 anos, ele passou a fazer os abusos (estupro), dizendo que ele seria o primeiro homem da minha vida", lembra a menina.
Segundo a garota, devido as ameaças de morte que sofria por parte do pai, tinha medo de denunciar o caso. No entanto, quando Damasceno insinuou a vontade de praticar os abusos com a outra filha de 9 anos, a garota resolveu contar para a mãe e uma vizinha o que estava acontecendo. "Fiquei com muito medo de que ele pegasse a minha irmãzinha e fizesse com ela o mesmo que praticava comigo", afirmou.
A adolescente contou ainda que desde março deste ano não frequenta a escola, porque precisa ficar em casa para ajudar a mãe e também para cuidar dos irmãos menores. "Vivia trancada em casa. Não podia sair na rua e muito menos namorar, porque meu pai era muito violento comigo". Assustada, ela não perdoa o pai. "Eu quero que ele morra".
Delito
A denúncia da menina de 14 anos foi comunicada na sexta-feira ao Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de Ibirité, que encaminhou a garota ao Instituto Médico Legal , onde ela passou por exame de corpo de delito.
Fonte: Super Notícia.
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