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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Jovens infratores aterrorizam as ruas da Região Hospitalar de Belo Horizonte

Adolescentes cheiram livremente tíner ao ar livre a intimidam pedestres; lojistas se queixam de furtos e badernas


CARLOS ROBERTO
ADOLESCENTES TÍNER
Pedestres não intimidam menores que inalam substâncias tóxicas na Avenida Francisco Sales
Ruas no entorno da Região Hospitalar de Belo Horizonte estão tomadas por crianças e adolescentes de rua. Sem o amparo de órgãos ligados à defesa de seus direitos, alguns são vistos, diariamente, consumindo drogas e atormentando a população e comerciantes. O Hoje em Dia flagrou, durante toda a semana, a movimentação dos menores nas imediações das avenidas Brasil, Bernardo Monteiro e Alfredo Balena. A maioria cheirava tíner e alguns aparentavam ter menos de 12 anos. A Polícia Militar confirma o problema, mas não tem estatísticas sobre o assunto. Uma fonte revelou, porém, que haveria ao menos 130 meninos e meninas vivendo ao relento no Centro e na Região Hospitalar de BH. Comerciantes da Avenida Brasil e do entorno reclamam da falta de segurança e dos problemas causados pelas crianças e adolescentes. Furtos, ameaças e baderna são situações expostas pelos lojistas, que se dizem reféns dos menores. Na quinta-feira à noite, três garotos foram abordados por policiais militares. O trio era suspeito de ter furtado uma loja. A gerente do estabelecimento disse que eles chegaram acompanhados de mais três meninos e levaram uma peça que estava na vitrine. Os colegas fugiram. "Eles vêm em bando, quase diariamente. Entram na loja pedindo dinheiro, intimidando os clientes. Já jogaram pedras no vidro uma vez, quando chamamos a atenção. São pequenos, mas perigosos, pois carregam objetos cortantes e estão sob efeito de drogas", diz a gerente que, por medo, prefere não se identificar. A insegurança existe também durante o dia, quando é possível ver grupos espalhando medo na porta de restaurantes ou na saída das escolas. Na Rua Ceará, onde fica um dos restaurantes populares da prefeitura, eles se concentram na hora do almoço. Aproveitam o grande movimento de pessoas para pedir dinheiro e praticar furtos. O sargento Gilson Freitas, do 1º Batalhão da PM, afirma que os menores são abordados quanto há suspeita de ato infracional ou se estão em situação de risco, fazendo uso de substâncias tóxicas. Cheirar tíner ou cola de sapateiro não é crime. Mas caracteriza vulnerabilidade e, por isso, eles são levados ao Conselho Tutelar. ADOLESCENTES TÍNER Conselho Tutelar diz que maior dificuldade é convencer as crianças a voltar para as famílias (Foto: Frederico Haikal) Nos casos de ato infracional, quem tem menos de 12 anos é encaminhado ao órgão, que tenta fazer contato com a família. Se ela não for encontrada, a criança é levada para um abrigo. Maiores de 12 anos e menores de 18 seguem para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), e podem, dependendo da gravidade do ato, cumprir medidas socioeducativa. Dentro da viatura policial, a caminho do Conselho Tutelar, um dos menores apreendidos ironizou os policiais. Ele negou o furto e diz ser vítima de "perseguição". "Cansei de ir para o conselho. Daqui a pouco estou de volta", afirma o garoto que tem família, mas prefere ficar pelas ruas. Autoria de crimes recai sobre os mais novos  A diferença no tratamento dado a crianças e adolescentes flagrados em ato infracional faz com que a responsabilidade sobre os delitos recaia sobre meninos e meninas com menos de 12 anos. Desta forma, é comum ver nos grupos a presença de um adolescente que parece “comandar” as ações. “Adultos transferem a autoria de crimes para menores idade. Adolescentes fazem o mesmo com as crianças”, explica o sargento Gilson Freitas. O Conselho Tutelar Centro-Sul não confirma a quantidade de menores que vivem nas ruas da Região Central de BH. A conselheira Carolina Costa explica que as crianças são recolhidas diariamente por uma equipe da prefeitura ou por policiais militares e levadas para o conselho ou para o Centro de Referência da Criança e Adolescente, na Praça da Estação. ADOLESCENTES TÍNER Garoto de 12 anos, apreendido na quinta, confessa fazer uso de tíner, mas nega prática de crimes (Foto: Frederico Haikal) A conselheira admite que uma saída para a questão está longe do fim. “Este é um problema social que não é resolvido a curto prazo. Muitos destes meninos moram na rua ou têm casas no morro, mas não podem ir para lá por serem ameaçados. Há casos em que os pais os agridem. Então é preciso um trabalho de acompanhamento para tentar resolver esses dramas, chegando até ao extremo de buscarmos outra família”. Carolina lembra que outro desafio está no envolvimento dos menores com as drogas. “A gente trabalha para ajudar as famílias, mas eles acabam retornando às ruas”. O uso de drogas por jovens levou a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais a lançar na quinta-feira, em BH, a campanha “Se liga! Crack não é brincadeira!”. Panfletos serão distribuídos em portas de escolas. O material faz um alerta sobre os danos causados pela pedra, como lesões no cérebro. O Centro Mineiro de Toxicomania, da Fhemig, é um dos locais onde dependentes podem buscar ajuda. O telefone é (31) 3217-9000.

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