Os professores vão substituir aqueles que dão aulas em turmas do 3° ano do Ensino Médio tendo em vista a realização do Enem
Luiz Costa
Durante manifestação, professores decidiram manter greve iniciada em 8 de junho
A Secretaria de Estado da Educação (SEE) anunciou nesta terça-feira (9) a contratação de três mil professores para substituir parte dos profissionais em greve desde 8 de junho. Segundo informações da Assessoria de Comunicação da SEE, este é o número estimado de profissionais que lecionam em turmas do 3° ano do Ensino Médio, cujos alunos fazem este ano o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e provas de vestibular.
A Assessoria de Comunicação da SEE informou ainda que esta é uma medida emergencial e que outras estão sendo estudadas para minimizar o impacto da greve para todos os alunos da rede estadual.
Segundo a coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a contratação anunciada pela SEE é uma irregularidade. "Não se pode contratar para substituir profissionais em estão parados. Há uma lei que garante ao trabalhador o direito de greve e o governo está desrespeitando isso". A coordenadora garantiu ainda que a medida não abalou o movimento grevista, que segue por tempo indeterminado.
A contratação foi oficializada por meio da Resolução 1905, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (9), e já está em vigor.
Greve
Os professores da rede estadual realizaram nova manifestação na tarde desta terça-feira (9) na Praça da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, quando decidiram pela manutenção da greve, que já se arrasta por dois meses.
Neste momento, os servidores fazem passeata pelas ruas da capital, percorrendo a Avenida do Contorno, próximo ao cruzamento com a Avenida Álvares Cabral. Segundo a BHTrans, o trânsito é lento nas Avenidas do Contorno e Raja Gablaglia, sentido Savassi. A empresa também informou que o itinerário escolhido pelos grevistas dificulta o trabalho dos agentes de trânsito, que não têm muitas opções de desvio, como na região central da cidade.
A assessoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou que a assembleia tinha o objetivo de discutir novas estratégias para o movimento e que a paralisação das atividades vai ser mantida. Os professores grevistas devem se reunir, novamente, na próxima terça-feira (16), mas a data ainda não foi confirmada. A direção do Sind-UTE/MG afirma que os problemas na Educação vão além do salário e alegam que o Governo do Estado deveria se preocupar com o Ensino Médio “durante todo o ano letivo e não apenas durante a greve”.
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