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CRIME EM LAGOA SANTA

Corretora é presa por mandar matar dupla

Ela teria planejado executar sócio, mas filho dele e colega que foram mortos

FOTO: PMMG/DIVULGAÇÃO

Giselle foi apresentada ontem pela Polícia Civil

Depois de quase cinco meses foragida, foi presa anteontem a corretora Giselle Aparecida Chaves, de 33 anos, suspeita de mandar matar dois homens em um condomínio em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, em abril deste ano. O crime foi considerado uma vingança. Giselle foi apresentada ontem pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado Almir de Carvalho Cesário, a corretora estava escondida em uma casa no bairro São Joaquim, em Contagem, também na região metropolitana, onde os investigadores cumpriram um mandado de prisão preventiva. A suspeita foi encaminhada para a delegacia de Lagoa Santa e negou envolvimento no crime, mas não convenceu a Polícia Civil, que conseguiu colher provas e evidências de sua participação no duplo homicídio. Ela aguardará decisão da Justiça presa no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp).

Motivo
O delegado também explicou como o crime aconteceu. Segundo ele, Giselle morava na casa de um corretor com quem tinha uma sociedade em uma imobiliária. Com o fim do negócio, ela queria permanecer na residência, contra a vontade do antigo sócio, que conseguiu uma ação judicial para retirá-la do local.

"Para se vingar, ela encomendou a morte do corretor e contratou o irmão dela, Samuel Hudson Chaves, de 30 anos, um outro rapaz, Alexandre da Silva Chagas, de 25, e um adolescente de 17 anos", explicou Almir. Os três já haviam sido presos.

Ainda de acordo com o delegado, para executarem o crime, os suspeitos armaram uma emboscada. Se passando por clientes, eles estiveram na imobiliária do corretor pedindo para ver uma casa no condomínio onde aconteceu o duplo homicídio. Como o corretor não podia ir, ele mandou o seu filho, Gláuber Rodrigo Julião, de 28 anos, e um funcionário, Matheus García, de 23.

"Assim que chegaram ao local, eles foram executados a tiros. Pelo que apuramos, a Giselle esteve na cena do crime logo em seguida para confirmar as mortes", acrescentou o delegado Almir.