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Pensionistas são vítimas de golpes em Betim

Duas mulheres falsificavam carteiras de identidade e usavam os documentos para fazer empréstimos bancários

Frederico Haikal

Maria Páscoa e Silvânia Gomes foram presas na RMBH

Duas mulheres foram presas nesta quinta-feira (28) em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acusadas de aplicar golpes em pensionistas. Segundo o soldado Hérick Santos, da 6ª Companhia da Polícia Militar, Silvânia Gomes da Silva, de 43 anos, e Maria Páscoa da Silva Serra, de 52, falsificavam carteiras de identidade e usavam os documentos para fazer empréstimos bancários. Elas confessaram ter lesado pelo menos 30 pensionistas. Os valores dos empréstimos variavam de R$ 2 mil a R$ 5 mil.

Nesta manhã, Maria Páscoa foi a uma agência bancária do Centro de Belo Horizonte portando uma identidade com sua fotografia, mas com dados de uma pensionista de 58 anos. “Ela fez o cadastro requisitando empréstimo de R$ 5 mil e o dinheiro seria liberado às 14 horas, em uma agência de Betim. Quando o banco ligou para a casa da vítima, para confirmar o local do depósito, descobriu que era um golpe”, disse o militar.

A PM foi chamada e Maria Páscoa presa em flagrante, quando tentava sacar o dinheiro em Betim. Ela disse aos militares que Silvânia era a mentora do golpe. “A Silvânia estava na porta da agência, esperando a outra acusada. Encontramos com ela mais uma carteira de identidade com a foto da Maria e dados de outra vítima, além de um talão de cheques”, afirmou o soldado Hérick.

As duas acusadas foram levadas para a 6ª Companhia da PM, no Centro de BH, onde deram início à tentativa de golpe. “Como a Maria tem mais idade que a Silvânia, ela sempre se passava pela pensionista que queria fazer o empréstimo. Nos confessou ter agido pelo menos mais 30 vezes, solicitando empréstimo de valores menores, de até R$ 5 mil, para não despertar desconfiança”, disse o soldado.

Segundo ele, as acusadas não têm passagem pela polícia. Elas foram levadas para a Delegacia Seccional Centro, e deverão responder por estelionato. A Polícia Civil vai investigar como as mulheres obtinham os dados das vítimas, usados na montagem das carteiras de identidade.

A pensionista cujos dados foram usados na tentativa de golpe descoberta informou que perdeu o documento há 15 anos.