Laudo de mortes de mineiros no Peru sai em 21 dias
Corpos devem ser trasladados para Chiclayo na sexta-feira e depois trazido para o Brasil
Divulgação
Corpo de Mario Gramani não tinha marcas de violência
Os exames foram realizados nesta quinta-feira (28) na cidade de Bagua Grande. Foram recolhidas amostras de sangue e órgãos para a análise completa. Até o fim desta noite os corpos permaneciam na cidade onde foram realizadas as autópsias. A previsão é de que eles sigam na sexta-feira (29) para Chiclayo e posteriormente para o Brasil. O transporte aéreo será pago pela Leme Engenharia, empresa para qual eles trabalhavam. O avião para o traslado já estaria na cidade de Bagua, aguardando apenas a liberação dos corpos.
A morte dos brasileiros continua sendo um mistério para as autoridades peruanas e para os familiares das vítimas. A versão inicial era de que eles teriam morrido por hipotermia, já que foram encontrados em uma região fria, sem sinais de violência e com todos os seus pertences. No entanto, parte da imprensa peruana cogitou a hipótese de que os brasileiros tenham sido assassinados por camponeses da região, que seriam contrários à construção da hidrelétrica. O Itamaraty, que enviou um diplomata para acompanhar o caso, disse que a versão é descartada, já que não havia nenhuma sinal de violência.
No Brasil, familiares do engenheiro e do geólogo querem a realização de novos exames que possibilitem resultados mais rápidos dos que as três semanas pedidas pelas autoridades peruanas.
Em nota, a Leme engenharia informou que contratou um médico-perito particular, que está em Chiclayo, para a coleta de amostras suplementares que serão enviadas para o Brasil.
Amiga da família de Mário Augusto, Malvina Lima de Matos, explica que os familiares do engenheiro acreditam que as mortes tenham relação com o possível descontentamento dos camponeses com a construção do empreendimento.
O corpo do engenheiro Mário Augusto deve ser sepultado em BH. Já o de Mário Gramani, em Uberlândia.
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