‘Estava jurado de morte’, diz major sobre PM que matou colega em trote
Policial tentou passar trote em amigo e morreu ao levar vários dois tiros.
Ele chegou de motocicleta, com capacete, e disse: ‘perdeu, perdeu’.
Ele chegou de motocicleta, com capacete, e disse: ‘perdeu, perdeu’.
O policial militar que atirou e matou o colega Yung Caio Rodrigues, de 35 anos, também PM, em uma tentativa de trote passava por um momento conturbado. Recentemente, ele teve a vida ameaçada por ter matado um criminoso durante confronto com a polícia, no dia 29 de dezembro do ano passado. “Ele estava em desespero e o colega não sabia disso porque tinha acabado de voltar de férias. Com certeza, se ele (Yung) soubesse não iria fazer uma brincadeira dessas”, declarou o major da PM, Sandro Barbosa. O caso ocorreu em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, na quinta-feira (17).
O major afirmou ao G1 que, no tiroteio o policial baleou duas pessoas e uma delas morreu. “O que sobreviveu jurou que iria matá-lo para vingar a morte do comparsa. Ele estava muito preocupado e o Caio não sabia”, disse Barbosa, ao informou que o rapaz que sobreviveu responde a vários crimes e é considerado de alta periculosidade. “Ele é réu confesso de um homicídio ocorrido em agosto do ano passado, após um evento realizado no aeroporto da cidade. Esse rapaz tem outros amigos que são perigosos”, explicou.
Yung morreu no dia em que tinha retornado das férias e ainda não tinha revisto o amigo. A vítima ficou um mês em Brasília, onde moram os familiares da mulher dele. “Ele não teve tempo para saber desse confronto. O momento não era oportuno para brincadeira”, avaliou o major. Os dois PMs, vítima e suspeito, eram amigos e vizinhos. “Eles diziam que eram como irmãos”, frisou.
Na data do assassinato, o policial suspeito do crime havia ido até o Fórum da cidade prestar esclarecimentos sobre o confronto ocorrido em dezembro. “No Fórum, ele ficou frente a frente com a família e amigos do homem que morreu durante o tiroteio. Naquele mesmo dia, ele (Yung) chegou e falou: ‘perdeu, perdeu”, enfatizou o major Sandro Barbosa.
Conforme a polícia, no início da noite de quinta-feira, o PM saía de casa, no bairro Jardim Violetas, com a esposa em um veículo, quando Caio chegou em uma motocicleta e, de capacete, tentou passar um trote no amigo. No entanto, o colega achou que se tratava de um assalto e efetuou alguns disparos contra ele, o acertando no abdome e na perna. Em seguida, a vítima tirou o capacete e se identificou. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Rondonópolis pelo próprio amigo que efetuou os disparos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A PM informou que vai instaurar um inquérito militar contra o policial, que foi preso em flagrante por homicídio. “Por mais doloroso que seja, é preciso instaurar processo de investigação. Tem que ouvir parentes, testemunhas, juntar os laudos pericial e de necrópsia”, afirmou o major.
Caio trabalhava há 13 anos na PM e já tinha atuado na Força Nacional. Atualmente, estava lotado na administração do Comando Regional da PM do município.
Enterro
O corpo do policial foi enterrado na manhã deste sábado (19), no cemitério municipal de Aragarças (GO), que fica na divisa com Mato Grosso. O cortejo foi acompanhado por policiais militares dos dois estados. Caio, como era conhecido pelos amigos, era o mais velho de cinco irmãos. Ele era casado e tinha uma filha de sete anos.
O corpo do policial foi enterrado na manhã deste sábado (19), no cemitério municipal de Aragarças (GO), que fica na divisa com Mato Grosso. O cortejo foi acompanhado por policiais militares dos dois estados. Caio, como era conhecido pelos amigos, era o mais velho de cinco irmãos. Ele era casado e tinha uma filha de sete anos.
G1
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