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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Caminhonete roubada, que já estava com placa e documentos clonados, foi encontrada pelo rastreador na região da Pampulha
RICARDO VASCONCELOS
ricardo.vasconcelos@supernoticia.com.br


Proprietário da caminhonete ficou indignado ao saber onde estava seu veículo
A localização ontem de uma caminhonete roubada revelou um esquema de clonagem de carros roubados que contaria com a participação de um policial civil mineiro. A Hilux, avaliada em R$ 110 mil, foi encontrada na casa do policial aposentado Edson Eduardo Sales Gomes, de 44 anos, graças ao rastreador implantado no veículo. Há dois dias, o dono do carro havia sido alvo de homens armados que levaram a caminhonete, R$ 18 mil em cheques, documentos e um notebook. O policial não foi encontrado em casa, uma residência de alto padrão do bairro Trevo, na Pampulha. Apenas uma filha de Gomes, uma adolescente de 16 anos, estava no imóvel quando os policiais militares chegaram.

O advogado Ricardo Neiva, que acompanhou a retirada do veículo da residência, alegou que tudo não passava de um mal-entendido. Segundo ele, o policial, que estaria viajando, apenas guardou a caminhonete dentro de casa a pedido de um amigo que ele não soube identificar quem seria. O advogado garantiu ainda que Gomes se apresentaria ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) para prestar esclarecimentos e "entregar" o suposto amigo que pediu para guardar o carro. Até o fechamento desta edição, no entanto, o policial não havia comparecido à delegacia.

O que chamou a atenção dos policiais e do próprio dono do automóvel foi que, apenas 48 horas após o roubo, a caminhonete já estava com a placa mudada, como se tivesse sido registrada no Rio de Janeiro.

O veículo, localizado por meio de um rastreador, foi roubado por dois homens, na manhã da última terça-feira, no bairro São Francisco, na região Noroeste da capital. A vítima, que teve uma arma apontada para a cabeça, ficou revoltada quando descobriu onde o carro estava. "É uma indignação e uma impunidade total. No mínimo, espero que sejam levantados os fatos e que os responsáveis sejam punidos", disse o empresário Marco Aurélio Tamietti, de 50 anos.

Foi ele quem acionou a Polícia Militar, no fim da manhã de ontem, após ter sido avisado pela empresa de segurança que monitorava a caminhonete que o veículo estava na Pampulha. Um helicóptero foi usado para vasculhar a região. Foram três horas de buscas até a localização da Hilux.

"Pedimos a um vizinho para olharmos dentro do imóvel. Vimos um carro com placa do Rio e pensamos que não fosse o carro roubado, mas a vítima conseguiu identificá-lo por alguns detalhes, como um arranhão na lataria e um amassado", contou o tenente Marcos Antônio Moreira, que comandou a ação.
FOTO: ALISSON GONTIJO
Quadrilha organizada
A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos instaurou um inquérito para investigar o crime. De acordo com uma fonte da Polícia Civil, que pediu para ter o nome preservado, o roubo pode envolver uma quadrilha bem organizada.

Segundo a fonte, a rapidez dos criminosos em conseguirem um novo documento para o veículo reforça a suspeita. No carro foi encontrado um Certificado de Registro e Licenciamento (CRLV) atualizado, como se a caminhonete tivesse sido emplacada no Rio de Janeiro. Na documentação, a empresa Espar Estacionamento Ltda., também do Rio de Janeiro, aparece como proprietária da caminhonete. A empresa não foi localizada pela reportagem.

Alguns acessórios, como capota e reboque, foram retirados da Hilux para deixá-la idêntica a um carro do mesmo modelo que circula por ruas do Estado vizinho.

"Essas coisas não são fáceis de serem feitas. Uma pessoa sozinha não teria como articular todo o crime de maneira tão rápida", explica o investigador. De acordo com ele, a clonagem pode envolver despachantes e até pessoas de dentro do Detran, que podem ter facilitado a liberação do veículo com as novas características.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Polícia Civil informou que vai aguardar o andamento das investigações para se pronunciar sobre o roubo do veículo e da suposta participação do policial no crime. O inquérito instaurado ontem deve ser concluído em até 30 dias. (RV)

Revolta. Anteontem, o empresário Marco Aurélio encontrou documentos e pertences que estavam na caminhonete e que foram abandonados em uma sacola, na região Nordeste da capital. Quase R$ 18 mil em cheques e um notebook também estavam no veículo, mas não foram encontrados. Ontem, o empresário achou no porta-luvas do veículo uma bolsa com fotos da sua família. Ele teme que tenham sido guardadas para um eventual sequestro.

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