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PREVISÃO DO TEMPO

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


De janeiro a 21 de novembro, Capital teve 706 mortes, 65 a mais que em 2010


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homicídio
Estudo feito pela Polícia Civil mostra que até o fim do ano o aumento pode alcançar 15%


O número de pessoas assassinadas de janeiro até a última segunda-feira (21) em Belo Horizonte já superou em 10% o total de vítimas nos 12 meses do ano passado. Em 2011, houve 706 homicídios na Capital, contra 641 em 2010.

Com 174 casos até o início da semana, o Barreiro é a região de BH em primeiro lugar na quantidade de mortes e também com o maior aumento em relação a 2010. Lá, os homicídios cresceram 38%.

Policiais militares e civis que trabalham no Barreiro alegam que o aumento da criminalidade é resultado da disputa por pontos para a venda de drogas com bandidos de Ibirité. O município na Região Metropolitana faz divisa com o Barreiro.

A Região Leste foi a que teve o segundo maior aumento no número de assassinatos neste ano: 34,9%. Até 21 de novembro, foram executadas 139 pessoas, contra 103 ao longo de 2010. A briga de gangues rivais na região também é apontada pela Polícia Militar como justificativa para o crescimento.

Venda Nova, que em 2010 foi a campeã em violência, com 164 vítimas, registrou queda de 3,4% no número de assassinatos. Até a última segunda-feira, 158 pessoas foram mortas por bandidos na região.

A maior queda, de 21%, foi na Região Noroeste da Capital, onde houve 99 crimes em 2011, contra 120 no ano passado.

Na Região Sul de BH, foram 86 assassinatos até novembro e 97 em 2010. A redução foi de 12,7%. No Centro, as polícias Civil e Militar registraram 23 homicídios em 2011, contra 20 no ano passado.

Estudo feito pela Polícia Civil, obtido com exclusividade pelo Hoje Em Dia, mostra que até o fim do ano o aumento de homicídios pode alcançar 15%.

A maioria dos casos registrados este ano aconteceu em abril (74). Em junho, quando a Polícia Civil entrou em greve, o número chegou a 73, contra 71 em 2010.

“A Polícia Civil não tem homens suficientes para investigar todos os crimes. A outra dificuldade é conseguir pistas dos assassinatos que envolvem traficantes. As pessoas que moram nos aglomerados preferem ficar em silêncio para não sofrerem represálias”, analisa o advogado Enir Lemos, especialista na área criminal.

Segundo Enir, a integração das polícias Civil e Militar é uma formas de combater o aumento do número de homicídios. “O ideal seria que em um só prédio funcionassem as unidades de segurança pública, inclusive o Instituto de Criminalística, responsável pelas provas técnicas. Todos teriam como trabalhar na apuração do crime”, sugere.

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