Vereador prestou o segundo depoimento no processo por quebra de decoro parlamentar
carlos rhienck
Gêra: pedido na Câmara para ouvir quatro testemunhas
O vereador Gêra Ornelas (PSB) prestou nesta segunda-feira (7) o segundo depoimento para o corregedor da Câmara, Edinho Ribeiro (PTdoB), no processo em que responde por quebra de decoro parlamentar por despachar de cuecas em seu gabinete na Casa. Gêra sustentou durante o depoimento que não estava de cuecas e, sim, “de bermudas” e que as imagens foram feitas durante um sábado, fora do horário de expediente.
Para tentar provar que nas imagens aparece de bermudas e não de samba-canção, o vereador apresentou fotos pessoais de comemorações nas quais apareceria com peça parecida com a que foi flagrado no vídeo. Nas fotografias, o parlamentar está sem camisa e com uma peça que se assemelha a uma bermuda.
Durante o depoimento, Gêra apresentou um pedido para serem ouvidas quatro testemunhas de defesa. O corregedor Edinho Ribeiro ainda não marcou a data dos depoimentos, mas eles serão realizados em breve, já que o corregedor tem 15 dias para apresentar seu parecer.
No fim da oitiva, Gêra deixou o gabinete de Ribeiro de cabeça baixa, andando apressadamente, sem olhar para o rosto das pessoas no corredor. O socialista até deixou para trás seu advogado, Antônio Patente.
O corregedor terá que lidar com o lobby pela absolvição de Gêra e arquivamento do processo. Um grupo liderado pelo ex-vereador e presidente estadual do PTN, Wellington Magalhães, tenta adiar a decisão. Uma das estratégias seria prolongar a discussão. Para isso, tentam levar o caso para uma comissão processante, que teria 90 dias para concluir os trabalhos. Se isso não acontecer, o processo seria arquivado, o que salvaria a pele de Gêra. Outra estratégia seria utilizar a votação secreta em plenário, evitando que fique explícito quem saiu em defesa do vereador.
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