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quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Maletas contendo equipamentos de alta tecnologia e materiais de perícia de local de crime foram apresentados nesta quarta


Lucas Prates
Maleto perito
Maleta contém material necessário para a perícia criminal


Agilidade e mais precisão é o que a Polícia Civil de Minas Gerais espera obter com as 150 maletas contendo equipamentos de alta tecnologia e materiais de perícia de local de crime. Os kits foram apresentados nesta quarta-feira (5) e a estimativa é de que sejam distribuídos até o fim deste mês para 61 delegacias que têm seção técnica de perícia. Com investimentos de R$ 2,5 milhões, Minas foi o segundo Estado a receber o maior número de maletas, perdendo apenas para São Paulo que recebeu 250.

Cada maleta custou R$ 17 mil e pesa, em média, três quilos. Dentro delas são 42 itens como máquinas fotográficas, reagentes de sangue e drogas, luvas, óculos especiais, material para coleta de digitais e para isolamento de área, além de GPS. O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Diógenes Coelho Vieira, disse que praticamente todos os materiais já eram utilizados pelos peritos, mas de forma isolada. “Agora reunidos, permitirá mais agilidade no trabalho”, garantiu.

A maleta preta de polipropileno, digna de um filme com o detetive Sherlock Holmes, guarda inovações como a trena a laser. Com o objeto, segundo o diretor do Instituto de Criminalística, Kleber Abood Fernandes, não será mais preciso interromper o trânsito para medir a largura da via. Um netbook permite a elaboração da minuta e do laudo pericial. O kit tem ainda um software de impressão de digital, que faz as comparações do material coletado.

A maleta traz material necessário para detectar e coletar vestígios como sangue, saliva, esperma, fio de cabelo e digitais. A luz da lanterna permite a aplicação de reagentes que detectam sangue em superfícies já lavadas. Outra inovação é uma caixa com reagentes que diferenciam sangue humano e narcóticos. Quatro geradores de energia também foram adquiridos para dar suporte no local do crime.

Além de BH e Região Metropolitana, aproximadamente 70 peritos do interior foram treinados para a utilização do kit e agora atuam como multiplicadores. Os peritos têm assinatura digital que permite enviar o laudo de onde estiverem. “O projeto piloto implantado na Delegacia de Crimes contra a Mulheres no IML mostrou uma redução em 30% no prazo para entrega de laudos”, frisa Vieira.


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