"SEJAM BEM VINDOS AO MEU BLOG."

Atenção!!!
Todas as matérias publicadas neste Blog são angariadas de fontes da internet, cujo os respectivos links estão contidos no título de cada postagem.


PREVISÃO DO TEMPO

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Novo laudo não desvenda morte de mineiro no Peru Segundo o IML de Belo Horizonte, não foi possível determinar a causa da morte, mas os especialistas eliminaram causas naturais e envenenamento


Luana Cruz -
Paula Sarapu


Mais uma vez exames não apontaram a causa da morte do engenheiro mineiro Mário Bittencourt encontrado sem vida no Peru. O diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, José Mauro de Moraes, descartou a morte por causas naturais e eliminou, em partes, a possibilidade de envenenamento. O corpo do engenheiro foi examinado na capital a pedido de parentes. Para a conclusão das investigações sobre a causa da morte, ainda falta o laudo das autoridades peruanas.

De acordo com os resultados apresentados, o engenheiro mineiro não morreu por infarto, insuficiência cardíaca ou por qualquer causa violenta como tiro, espancamento, asfixia, enforcamento e esganadura. De acordo com Moares, o corpo não apresentava marcas. Os especialistas fizeram um raio x minucioso e não encontraram sinais de hemorragia ou fraturas.
Segundo o IML, não há como determinar se houve sufocamento, porque essa causa não deixaria marcas no corpo. O que se pode afirmar, segundo Moraes, é que não havia sinais de luta corporal.

Um abelha foi encontrada na base da língua de Bittencourt. Especialista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avaliaram o inseto e concluíram que não é um animal venenoso. A espécie costuma visitar corpos em decomposição.

Os exames descartaram, também, alguns venenos e medicamentos, mas a contaminação por substâncias orgânicas (ervas, veneno de cobra, entre outros) não é possível determinar. De acordo com o IML, o corpo estava em avançado estado de decomposição e veio do Peru com produtos químicos usados no embalsamento. Essas substâncias podem prejudicar a análise.

Os peritos brasileiros acreditam que exames feitos no Peru possam ser mais conclusivos, pois os peritos recolheram fragmentos do couro cabeludo, tecidos pulmonar, cardíaco, hepático e biles. A perícia do país vizinho também teve acesso ao corpo pouco tempo depois da morte, o que facilita as análises.

Bittencourt estava acompanhado do geólogo paulista Mário Gramani Guedes. Eles eram funcionários da empresa Leme Engenharia, com sede em Belo Horizonte, e faziam levantamento sobre a possibilidade de instalação de uma usina hidrelétrica à beira do rio Marañón, próximo à Jaén, em Pión. Os brasileiros desapareceram em 25 de julho, em momentos diferentes, mas os corpos foram localizados dois dias depois, a 200 metros de distância um do outro.

O IML de Brasília divulgou na quarta o resultado das análises histopatológicas e do exame toxicológico, que afasta a hipótese de envenenamento – em parte. O material para análise foi enviado a BH e também Brasília a pedido dos parentes. O dois laudos serão encaminhados à Fiscalía Provincial de Cumba, órgão semelhante ao Ministério Público, responsável pelas investigações.

ENTENDA O CASO

23 de julho
O engenheiro mineiro Mário Augusto Soares Bittencourt, de 61 anos, e o geólogo paulista Mário Gramani Guedes , de 57 anos, desembarcaram em Lima e seguiram de avião para Chiclayo, no Norte do país, e de lá, de carro, para Jaén, a 600 quilômetros.
Eles foram fazer estudos de viabilidade para construção de uma usina hidrelétrica na região da floresta amazônica peruana.

25 de julho
O trabalho de campo começou cedo. A dupla brasileira, um engenheiro e um geólogo peruanos caminharam por uma estrada abandonada por cerca de duas horas e meia. Segundo o depoimento dos peruanos, Bittencourt sentiu dor no joelho e se sentou à beira da estrada.
Guedes e os colegas seguiram por um trecho de subida. Quando voltaram, meia hora depois, o engenheiro mineiro já não estava mais lá. Guedes, então, decidiu esperar no local pelos peruanos, que tentaram acesso por outra trilha para chegar ao Rio Marañon.

Os peruanos contaram à polícia que retornaram uma hora depois e Guedes também não estava no local. Segundo eles, a impressão foi de que os dois brasileiros teriam retornado para o carro e estacionado no início da estrada, onde o motorista os aguardava.

De acordo com o inquérito peruano, os funcionários da SZ Engenharia só perceberam o desaparecimento quando um outro colega, responsável pela logística, levou água aos pesquisadores e comentou que não havia cruzado com os brasileiros na estrada.

27 de julho
Os dois corpos foram encontrados pela polícia peruana às 8h, a 100 metros da estrada principal, em área de cerrado. A distância entre os dois era de 200 metros. Nada foi roubado e não havia marcas de violência, segundo a polícia.

Segundo o engenheiro e o geólogo peruanos, dois camponeses são investigados pela morte de Bittencourt e Guedes. Um deles, Juan Zorrilla Bravo, é líder comunitário e participou de manifestações contra usinas hidrelétricas. Ele teria atrapalhado as equipes de busca, conforme depoimento dos peruanos. O outro, Jésus Sanchéz, teria oferecido água aos brasileiros no início da caminhada.

Os corpos foram examinados no Peru, mas não havia indícios de violência. A pedido das famílias, amostras foram trazidas para serem analisadas no Brasil. Na semana passada, autoridades peruanas fizeram reconstituição, com a participação de Zorrilla. Os acusados já prestaram depoimento e negam

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI O SEU COMENTÁRIO

Compartilhe