A manifestação dos três ex-guardas municipais exonerados da corporação, que, desde a noite de anteontem, estavam acorrentados em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, no centro da capital, terminou em tumulto ontem. A Polícia Militar, usando de força, prendeu os três e os levou para a Delegacia Seccional Centro.
"A ação da PM foi arbitrária e os policiais não explicaram o motivo", disse o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Minas Gerais (Sindguardas), Pedro Ivo Bueno, que também foi preso após se juntar à manifestação. A assessoria de imprensa da Guarda Municipal afirma que não sabe o motivo da prisão dos ex-guardas. A PM informou, na noite de ontem, que a ocorrência ainda não havia sido encerrada e que, por isso, não tinha informação sobre o motivo das prisões.
O sindicato e os ex-guardas denunciam que a corporação é comandada por militares reformados e que eles são submetidos a conceitos rígidos de hierarquia e disciplina militar. "A Guarda se tornou um cabide de empregos para oficiais aposentados", destaca Bueno.
A assessoria da Guarda Municipal confirmou que a instituição tem coronéis reformados da PM nos cargos gerenciais, como o próprio secretário municipal de Segurança Urbana, Genedempsey Bicalho, e o comandante da Guarda, Ricardo Belione, mas defende que "são pessoas com vasta experiência em segurança".
Curiosos se aglomeraram enquanto ex-guardas municipais eram detidos
Outra denúncia dos manifestantes se refere a irregularidades e desvios de verbas na corporação. "Desde 2009, nós estamos denunciando desvios de milhões de reais de verbas que deveriam ser destinadas a cursos e treinamentos, mas não são. As autoridades não tomam providências", afirmou o ex-guarda Renato Rodrigues, que participava do protesto e foi demitido em 2010.
Conforme a assessoria, só um dos ex-guardas que estavam protestando foi demitido anteontem. A assessoria alega que as exonerações aconteceram por "faltas cometidas em suas atividades".
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