Renato Cobucci
Bruno está preso preso na penitenciária Nelson Hungria
A juíza Maria José Starling, suspeita de tentar extorquir o ex-goleiro Bruno Fernandes, para tirá-lo da cadeia, foi afastada nesta quarta-feira (27) da comarca de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pela Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
A magistrada é acusada de cobrar R$ 1,5 milhão para que Bruno respondesse em liberdade ao processo pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio. Dos 25 desembargadores da Corte, 23 foram favoráveis ao afastamento da juíza, e apenas dois contra, segundo uma fonte do TJMG.
A assessoria de imprensa do Tribunal confirmou que os desembargadores se reuniram nesta quarta-feira para votar o pedido de afastamento de Maria José Starling. Mas, até o início da noite, aguardava o comunicado oficial da Corte Superior com o resultado da votação. A assessoria informou que a denúncia contra a juíza estava sendo investigada pela Corregedoria do TJMG.
A denúncia foi feita em junho à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pela noiva do Bruno, Ingrid Calheiros Oliveira. Na ocasião, ela informou que Maria José Starling, o ex-advogado do goleiro, Robson Pinheiro, e um suposto policial, estariam envolvidos na tentativa de extorsão. O goleiro chorou durante a sessão na Assembleia e confirmou a versão da noiva aos deputados.
Ingrid afirmou que foi procurada pela juíza, que indicou o advogado Robson Pinheiro para ajudar na defesa de Bruno. No contato, o advogado teria afirmado que o ex-goleiro seria beneficiado por habeas corpus.
Segundo o TJMG, Maria José Starling não comentaria seu afastamento. O advogado dela, Getúlio Barbosa de Queiroz não foi encontrado pelo Hoje em Dia em seu escritório, na noite desta quarta-feira.
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