Três profissionais trabalham com colegas de Fabiana Aparecida, para evitar que ataque à sede da unidade se transforme em angústia coletiva em soldados recém-formados
A reação de policiais militares após a morte violenta da soldado Fabiana Aparecida de Souza, em um ataque de traficantes à base da UPP Nova Brasília, preocupa a cúpula da Polícia Militar. Temeroso de uma reação negativa, o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, decidiu que os policiais da unidade passariam a ter apoio psicológico para evitar que o episódio se transforme em um trauma coletivo.

A morte de Fabiana foi a primeira de um policial em UPPs, desde que o principal programa da Secretaria de Segurança do Estado foi estabelecido, em 2008. A questão é vista como ainda mais delicada porque os membros da UPP são recém-formados, com pouco tempo de corporação, e podem ter ficado abalados com o episódio, o que interferiria em seu desempenho.
“O trabalho na UPP Nova Brasília visa oferecer apoio psicológico aos policiais. O plano de trabalho específico busca monitorar e identificar graus de sofrimento dos policiais e realizar os encaminhamentos pertinentes de modo a lhes oferecer o suporte necessário”, escreveu, em nota, a assessoria.

Jovem e querida por colegas, a repercussão da morte de Fabiana foi muito grande dentro da corporação, na mídia e nas redes sociais, com inúmeras homenagens de agentes a ela.
As UPPs são vistas como um programa em evolução, ainda em implantação e sujeitas a ajustes. A visão do comando é de que tudo relacionado ao projeto deve ser estudado e analisado. Assim, a PM espera que o trauma seja minimizado.
A Polícia Militar tem um serviço de psicologia em seus quadros. Os profissionais da área são oficiais do quadro de Saúde, a começar pela patente de tenente.

Elas fazem consultas terapêuticas e palestras, além de acompanhar os policiais em ocorrências com reféns – entre outras funções, para ajudar a traçar um perfil psicológico do criminoso tomador de refém.
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